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NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Esteja ao lado de Nossa Senhora de Fátima como nunca pode imaginar.

Visite a Capela das Aparições, ON LINE.
Participe das orações, do terço e das missas diárias.

Clique na imagem de Nossa Senhora e estará em frente à Capelinha do Santuário de Fátima.

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris
Clique sobre a foto para a visita guiada em 15 etapas

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

CERCO DE JERICÓ - LEIA COM ATENÇÃO

IX - CERCO DE GERICÓ

O que é o "Cerco de Jericó?"

O Cerco de Jericó é uma campanha de sete dias e sete noites de oração diante de Jesus presente no Santíssimo Sacramento. Sua inspiração mais remota encontra-se no capitulo 6 do livro de Josué. O texto sagrado nos conta que antes de chegar à terra prometida o povo de Israel se viu diante das grandes muralhas de Jericó que o impediam de prosseguir a caminhada. Obedecendo a voz de Deus, Josué, sucessor de Moisés e líder do povo, convidou os Israelitas a orarem durante sete dias e sete noites rodeando as muralhas de Jericó, tendo a frente a Arca da Aliança, sinal da presença de Deus que caminha com seu povo..........Josué e os Israelitas acreditaram na promessa divina de que no sétimo dia durante a sétima volta as muralhas cairiam e eles alcançariam a vitória, coisa que de fato aconteceu porque o Senhor é fiel e cumpre suas promessas!Nos nossos dias colocamo-nos diante de Jesus presente no Santíssimo Sacramento e confiantes no poder da oração, pedimos que Ele derrube as muralhas que nos impedem de tomarmos posse de uma vida mais santa e feliz.

* Qual a programação do "Cerco de Jericó" pelo mundo?

- PROGRAMA DA AMÉRICA DO SUL E CENTRAL

De 6 set até 13 set - VENEZUELA, que se une a COLOMBIA

De 13 set até 20 set - COLOMBIA, que se une ao EQUADOR e PANAMÁ

De 20 set até 27 set - EQUADOR que se une ao PERU e PANAMA que se une a COSTA RICA

De 27 set até 4 out - PERU que se une a BOLIVIA

De 4 out até 11 out - BOLIVIA que se une ao CHILE

De 11 out até 18 out - CHILE que se une a ARGENTINA

De 18 out até 25 out - ARGENTINA que se une ao URUGUAY e PARAGUAY

De 25 out até 1 nov - PARAGUAY e URUGUAY que se une ao BRASIL

De 1 nov até 8 nov - BRASIL que se une ao SURINAM Y GUYANA

De 8 nov até 15 nov - GUYANA Y SURINAM que se une aos PAISES DO CARIBE

De 15 nov até 22 nov - PAISES DEL CARIBEH

- PROGRAMA DA A M É R I C A D O N O R T E

De 25 out até 1 nov 1 nov - MEXICO que se une aos USA

De 1 nov até 8 nov - USA que se une ao CANADA e a CUBA

De 8 nov até 15 nov - CANADA e CUBA que se unem aos demais países do Caribe

De 15 nov até 22 nov - PAISES DO CARIBE

* Qual o compromisso do católico brasileiro junto ao "Cerco de Jericó"

Na semana de 01 de novembro, próximo, até o dia 08 de novembro, rezarmos unidos, de acordo com o Roteiro de oração para o IX Cerco de Jericó.
Para os moradores da cidade de Florianópolis (Santa Catarina), cidades próximas e para os que disponham da possibilidade de lá comparecerem, haverá uma celebração especial.

* Qual o local do evento na cidade de Florianópolis, Santa Catarina?

O evento será realizado no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, na Praia dos Ingleses - Florianópolis - Santa Catarina.

Veja o mapa do local:


* Qual o Roteiro de oração para o IX Cerco de Jericó, que deverá ser seguido?

O Roteiro de oração para o IX Cerco de Jericó, para facilidade de todos, segue abaixo:

1) Toque da Sineta

2) Canto Inicial

3) Oração Inicial -

Jesus Cristo, Filho do Eterno Pai, nosso único Senhor e Salvador,Nós vos adoramos e bendizemos porque estais realmente presente no Santíssimo Sacramento.Olha com amor para cada pessoa que celebra com alegria este IX Cerco de Jericó.Renova em nossos corações a fé, a esperança e a caridade.Lava-nos com teu sangue precioso e perdoa os nossos pecados.Cura-nos de todas as doenças corporais e espirituais.Livra-nos de todos os vícios, tristezas e angústias.Defende nossas famílias da discórdia e do desemprego.Sê nossa força em todas as batalhas da vida para que derrubemos contigo as muralhas que nos impedem de vivermos em paz.

Amém, aleluia!

4) Terço

5) Leitura das Cartas de São Paulo.

6) Silêncio (meditação) - Adoração

7) Oração Final -

Deus, nosso Pai, Nós Vos bendizemos e damos graças por Vosso filho Jesus Cristo, Dom do Vosso amor, para a vida do mundo.
Olha a nossa paróquia que celebra com alegria e esperança, o IX Cerco de Jericó.
Renova nossa fé na Santa Eucaristia, Memória da morte e ressurreição do Vosso filho.
Que o Vosso Espírito Santo nos dê luz e força para que sejamos fiéis testemunhas do Evangelho. Alimenta-nos com a Vossa Palavra e com o Pão da Vida,
Para que unidos a Maria, Mãe de Vosso Filho e da Igreja, demos abundantes frutos para a salvação do mundo.
Vos pedimos por Jesus Cristo, Nosso Senhor, Amém.

8) Canto Final

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Informação -

Site : CERCO DE JERICÓ

Comunidade "Cerco de Jericó no ORKUT"

Fonte: A FAMÍLIA CATÓLICA, consultas Centro de Jericó, informações várias

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

CEM ANOS PEREGRINANDO COM MARIA, COM A MEDALHA MILAGROSA

CEM ANOS PEREGRINANDO COM MARIA, UNIDOS A JESUS NOS POBRES, POR MEIO DA MEDALHA MILAGROSA

“Minha alma glorifica o Senhor meu Deus”

São as palavras que a Virgem Maria proclamou depois do encontro, misterioso e ao mesmo tempo próximo, com sua prima Isabel. Trata-se da oração já conhecida por todos como o Magnificat de Maria.
Esta expressão de Maria manifesta o que sentimos todos os membros da Família Vicentina e, em particular, os membros da Associação da Medalha Milagrosa, neste Ano Jubilar, no qual celebramos os cem anos do reconhecimento pontifício da Associação.
A 8 de julho de 1909, foi formalmente reconhecida a Associação que nasceu das Aparições da Virgem Maria a Santa Catarina Labouré. Ao longo destes cem anos, a Associação da Medalha Milagrosa comprovou vários aspectos positivos em nosso caminho junto à Virgem Maria. Desde o princípio, a Associação mostrou-se uma associação ativa, tendo como principal apostolado a oração para promover uma maior devoção à Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe. Ela é um exemplo para todos nós de como viver nossa vida em consonância com os ensinamentos de seu Filho Jesus Cristo, sendo ela mesma a primeira discípula de seu Filho. A Associação desenvolveu este apostolado de oração e evangelização através da simples visita domiciliar, quando, num ambiente familiar, as pessoas de fé e de boa vontade vão se enamorando de Nosso Senhor Jesus Cristo, através da proximidade de sua Mãe Maria.
Há muitos anos também, este apostolado de oração se desenvolveu através de vários meios de comunicação, principalmente via correios, estabelecendo uma rede de pessoas com uma profunda devoção à Virgem Maria em nível nacional e também internacional. Neste longo período de cem anos caminhando com Maria, também essas pessoas simples, devotas da Virgem Maria, contribuíram com suas pequenas, mas significativas doações para as missões e promoção dos pobres em muitas partes do mundo.
Em uma época mais recente da história da Associação, estendeu-se também um apostolado de serviço, à imitação do exemplo de Maria, que visitou sua pobre prima Isabel, dando-lhe a consolação com a qual só o nosso Deus da Vida pode brindar alguém em necessidade. Junto a este apostolado de serviço, deu-se um crescimento na arte de amor ao pobre e à Virgem Maria, representante principal dos “anawin” do Senhor, através da formação dos membros da Associação.
Outra grande conquista na história recente foi um maior vínculo com o restante da Família Vicentina em nível internacional. Maria da Medalha Milagrosa é a patrona principal de toda a Família Vicentina. Através de seu amor e intercessão para com suas filhas e filhos, cada vez mais jovens são atraídos à Associação, compartilhando a mensagem mariana e o apostolado em favor dos pobres, através de seu testemunho de vida.
A Associação respondeu às novas pobrezas, tentou favorecer projetos de evangelização e de serviço com e para os nossos amos e senhores, os pobres, partindo da realidade deles. Como Associação e como membros da Família Vicentina, é nosso desejo continuar peregrinando com Maria, unidos a seu filho Jesus, a quem vamos descobrindo com maior profundidade através de nossa proximidade para com os pobres.
Sem dúvida, foi Maria da Medalha Milagrosa, com sua intercessão, quem favoreceu nosso caminhar. Pedimos que ela continue nos acompanhando neste Ano Jubilar que se estenderá de 8 de julho de 2008 a 20 de novembro de 2009. Encerraremos nosso Ano Jubilar com um terceiro Encontro Internacional que terá lugar em Paris, na rue du Bac, entre os dias 16 e 20 de novembro.
Ao longo deste ano de Jubileu, convidamos todos os membros da Associação da Medalha Milagrosa e outros membros da Família Vicentina a desenvolverem atividades para promover uma maior devoção à nossa Mãe Maria e o amor aos pobres, fazendo tudo para a maior honra e glória de nosso Deus.
Deus os abençoe e felicidades neste Ano Jubilar.







G. Gregory Gay, C.M.Diretor Geral da
Associação da Medalha Milagrosa Internacional



Sites para pesquisa a respeito da Medalha Milagrosa:


A FAMÍLIA CATÓLICA

terça-feira, 27 de outubro de 2009

APROXIMAR A BÍBLIA AO POVO DE DEUS


PAPA: APROXIMAR A BÍBLIA AO POVO DE DEUS

Cidade do Vaticano, 26 out (RV)
– Bento XVI recebeu na manhã (26), no Vaticano, cerca de 400 docentes, estudantes e funcionários do Pontifício Instituto Bíblico, por ocasião dos 100 anos de sua fundação. Estavam presentes na audiência, entre outros, o prefeito da Congregação para a Educação Católica, Cardeal Zenon Grocholewski, e o prepósito-geral da Companhia de Jesus, Padre Adolfo Nicolás Pachón.Em seu discurso, o papa constatou o aumento do interesse pela Bíblia no decorrer deste século e, graças ao Concílio Vaticano II, em especial à Constituição dogmática Dei Verbum, compreendeu-se ainda mais a importância da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. A esta renovação, recordou o pontífice, o Instituto deu uma contribuição significativa, com a pesquisa científica, com o ensinamento das disciplinas bíblicas e a publicação de estudos e revistas especializadas. O papa citou também alguns docentes ilustres, como o Cardeal Bea, que formou mais de sete mil professores de Sagrada Escritura. A seguir, Bento XVI encorajou docentes e estudantes a prossiguirem neste caminho com renovado empenho, conscientes do serviço à Igreja que lhes é pedido, ou seja, de aproximar a Bíblia à vida do Povo de Deus, "para que saiba enfrentar de maneira adequada os desafios inéditos que os tempos modernos põem à nova evangelização"."Que a Sagrada Escritura se torne neste mundo secularizado não somente a alma da teologia, mas também a fonte da espiritualidade e do vigor da fé de todos os fiéis em Cristo."Falando da exegese e citando novamente a Dei Verbum, o papa recordou que cabe à Igreja, nos seus organismos institucionais, a palavra decisiva na interpretação da Bíblia: "É à Igreja, de fato, que é confiado o ofício de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita e transmitida, exercitando a sua autoridade em nome de Jesus Cristo". (BF)

Fonte: RV

domingo, 25 de outubro de 2009

SANTO ANTÔNIO DE SANT'ANNA GALVÃO

.................................Clique na foto

Frei Antônio de Sant'Anna Galvão Nasceu em 1739, em Guaratinguetá, SP.

O ambiente familiar era profundamente religioso. O pai, Antônio Galvão de França, era imigrante português e Capitão-mor da cidade. Sua mãe, Isabel Leite de Barros, era filha de fazendeiros, bisneta do famoso bandeirante Fernão Dias Pais, o "caçador de esmeraldas". Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política.O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou o filho com a idade de 13 anos para o Colégio de Belém, dos padres jesuítas, na Bahia, onde já se encontrava seu irmão José. Lá fez grandes progressos nos estudos e na prática cristã, de 1752 a 1756. Queria tornar-se jesuíta, mas por causa da perseguição movida contra os jesuítas pelo Marquês de Pombal, seu pai o aconselhou a entrar para os franciscanos, que tinham um convento em Taubaté, não muito longe de Guaratinguetá. Assim, renunciou a um futuro promissor e influente na sociedade de então, e aos 21 anos, entrou para o noviciado na Vila de Macacu, no Rio de Janeiro. Lá distinguia-se pela piedade e virtudes. A 16 de Abril de 1761 fez seus votos solenes. Um ano após foi admitido à ordenação sacerdotal, pois julgaram seus estudos suficientes. Este privilégio mostra a confiança que nutriam pelo jovem clérigo. Foi então mandado para o Convento de São Francisco em São Paulo a fim de aperfeiçoar os seus estudos de filosofia e teologia, e exercitar-se no apostolado. Data dessa época a sua "entrega a Maria", como seu "filho e escravo perpétuo", consagração mariana assinada com seu próprio sangue a 9 de novembro de 1766.Terminados os estudos foi nomeado Pregador, Confessor dos Leigos e Porteiro do Convento, cargo este considerado de muita importância, pela comunicação com as pessoas e o grande apostolado resultante. Foi confessor estimado e procurado e, muitas vezes, quando era chamado ia sempre a pé mesmo nos lugares mais distantes.Em 1769-70 foi designado Confessor de um Recolhimento de piedosas mulheres, as "Recolhidas de Santa Teresa", em São Paulo. Neste Recolhimento encontrou Irmã Helena Maria do Espírito Santo (biogr.44), religiosa de profunda oração e grande penitência que afirmava ter visões pelas quais Jesus lhe pedia para fundar um novo Recolhimento. Frei Galvão, ouvindo também o parecer de pessoas sábias e esclarecidas, considerou válidas essas visões. No dia 2 de fevereiro de 1774 foi oficialmente fundado o novo Recolhimento e Frei Galvão era o seu fundador. Em 23 de fevereiro de 1775, um ano após a fundação, Madre Helena morreu improvisamente. Frei Galvão tornou-se o único sustentáculo das Recolhidas, missão que exerceu com humildade e grande prudência. Enquanto isso o novo Capitão-general de São Paulo, homem inflexível e duro, retirou a permissão e ordenou o fechamento do Recolhimento. Fazia isso para opor-se ao seu predecessor, que havia promovido a fundação. Frei Galvão aceitou com fé e também as recolhidas obedeceram, mas não deixaram a casa e resistiram até os extremos das forças físicas. Depois de um mês, graças a pressão do povo e do Bispo, o recolhimento foi aberto.Devido ao grande número de vocações, o Servo de Deus se viu obrigado a aumentar o recolhimento. Durante 14 anos cuidou dessa nova construção (1774-1788) e outros 14 para a construção da igreja (1788-1802), inaugurada aos 15 de agosto de 1802. Frei Galvão foi arquiteto, mestre de obras e até pedreiro! A obra, hoje o Mosteiro da Luz, foi declarada "Patrimônio Cultural da Humanidade" pela UNESCO.Frei Galvão, além da construção e dos encargos especiais dentro e fora da Ordem Franciscana, deu toda a atenção e o melhor de suas forças à formação das Recolhidas. Era para elas verdadeiro pai e mestre. Para elas escreveu um estatuto, excelente guia de vida interior e de disciplina religiosa. Esse é o principal escrito de Frei Galvão, e que melhor manifesta a sua personalidade.Frei Galvão era considerado santo já em vida e a cidade fez dele o seu prisioneiro. Em várias ocasiões as exigências da sua Ordem Religiosa pediam que se mudasse para outro lugar para realizar outras funções, mas tanto o povo e as Recolhidas, como o bispo, e mesmo a Câmara Municipal de São Paulo intervieram para que ele não saísse da cidade. Diz uma carta do "Senado da Câmara de São Paulo" ao Provincial (superior) de Frei Galvão: "Este homem tão necessário às religiosas da Luz, é preciosíssimo a toda esta Cidade e Vilas da Capitania de São Paulo, é homem religiosíssimo e de prudente conselho; todos acorrem a pedir-lho; é homem da paz e da caridade".Frei Galvão viajava constantemente pela Capitania de São Paulo, pregando e atendendo as pessoas. Fazia todos esses trajetos sempre a pé, não usava cavalos nem a 'cadeirinha' levada por escravos, o que era absolutamente normal para aquele tempo. Vilas distantes 60 km ou mais, cidades do litoral, ou mesmo viajando para o Rio de Janeiro, enfim, não havia obstáculos para o seu zelo apostólico. Por onde passava as multidões acorriam. Ele era alto e forte, de trato muito amável, recebendo a todos com grande caridade.Frei Galvão era homem de muita e intensa oração, e dele se atestam certos fenômenos místicos, como os êxtases e a levitação. São famosos em sua vida os casos de bilocação: estando em determinado lugar, aparecia em outro, improvisamente, para atender um doente ou moribundo que precisava da sua atenção. Era também procurado para a cura, em tempos em que não havia recursos e ciência médica como hoje. Numa dessas ocasiões, inspirado por Deus, escreveu num pedaço de papel uma frase em latim do Ofício de Nossa Senhora, que poderia se traduzida assim: "Depois do parto, Ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercede por nós!". Enrolou o papel em forma de pílula e deu a um jovem que estava quase morrendo por fortes cólicas renais. Imediatamente cessaram as dores e ele expeliu um grande cálculo. Logo veio um senhor pedindo orações e um 'remédio' para a mulher que estava sofrendo em trabalho de parto. Frei Galvão fez novamente uma pilulazinha, e a criança nasceu rapidamente. A partir daí teve que ensinar as irmãs do recolhimento a confeccionar as pílulas e dar às pessoas necessitadas, o que elas fazem até hoje (É interessante ver na imensa relação de graças alcançadas por intermédio de Frei Galvão, no Mosteiro da Luz, que, embora cerca de 60 a 70% das graças sejam relacionadas a cura de câncer, um grande número de graças refere-se a problemas por cálculos renais, gravidez e parto, ou casais que não conseguiam ter filhos e foram atendidos). Em 1811, a pedido do bispo de São Paulo, Frei Galvão fundou o Recolhimento de Santa Clara em Sorocaba, SP, onde permaneceu por 11 meses para encaminhar a nova fundação e comunidade. Posteriormente, após a sua morte, outras mosteiros foram fundados por essas duas comunidades, seguindo assim, a orientação deixada pelo Beato (veja a relação na biogr.44, de Madre Helena).Faleceu em 23 de dezembro de 1822 e a pedido do povo e das irmãs foi sepultado na igreja do Recolhimento da Luz, que ele mesmo construíra. Seu túmulo sempre foi lugar de contínuas peregrinações.

sábado, 24 de outubro de 2009

Arcebispo convida a cultivar afeto pelo Santuário de Nossa Senhora da Piedade
Lugar dedicado à padroeira do Estado brasileiro de Minas Gerais

BELO HORIZONTE,

- O arcebispo de Belo Horizonte (sudeste do Brasil), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, convocou os fiéis de Minas Gerais a se prepararem para a celebração, em 31 de julho de 2010, do cinquentenário da oficialização da proclamação de Nossa Senhora da Piedade como padroeira do Estado.
Em artigo enviado hoje a Zenit, Dom Walmor afirma que há um “grande empenho e determinação, por parte da Arquidiocese de Belo Horizonte, na melhoria da infraestrutura do Santuário Estadual de Nossa Senhora da Piedade”.
“Valorizando também seu projeto evangelizador e cultural, reconhecendo a força deste inestimável tesouro da tradição de todos os mineiros para fecundar a cidadania e a vivência autêntica da fé pela especialidade da devoção à Maria”, destaca.
O arcebispo explica que “a ermida do século XVIII, localizada na Serra da Piedade, Caeté, a 50 quilômetros da capital mineira e a 1740 metros de altitude, onde se encontra a imagem veneranda de nossa Senhora da Piedade, nasceu da fé de Antônio da Silva Bracarena, ancorada na experiência da presença materna de Maria”.
“É a referência central do conjunto da infraestrutura de serviços aos peregrinos, devotos e turistas, que inclui também biblioteca, restaurante, espaço cultural, casa de encontros, hospedagem e residência, além da Igreja Nova das Romarias, que recebe de braços abertos três mil pessoas.”
“Tudo isso fruto de serviços e da colaboração generosa de muitos, capitaneados pela determinação de Frei Rosário Joffily, nos seus mais de cinquenta anos de doação missionária”, reconhece o arcebispo.
Dom Walmor afirma que “todos, os mineiros especialmente, estão convidados a cultivar especial afeto pelo Santuário Estadual e a visitá-lo com frequência, fortalecendo a sua fé e fecundando a cidadania”.
O arcebispo destaca que Minas Gerais “é um estado rico em tesouros da tradição, uma incomparável riqueza nascida da fé, vivida na prática religiosa do dia a dia das comunidades, e perpetuada no patrimônio físico”.
São “igrejas, conventos, capelas, imagens, pinturas, afrescos, santuários”; e também o patrimônio imaterial, “composto pelas práticas e hábitos religiosos e culturais que delineiam a arte e o jeito precioso de ser dos mineiros”.
A Igreja Católica “é depositária deste patrimônio, precioso e múltiplo –prossegue Dom Walmor–, em razão de sua histórica presença missionária nesta terra, anunciando o Evangelho de Jesus Cristo, cultivando o amor filial a Maria, Mãe de Deus, cuidando dos pobres, de sua saúde e promoção social, apostando na educação e empenhada na congregação das comunidades, dando origem e horizontes a cidades, vilas, distritos e povoados”.
Fonte: ZENIT.org

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

LITURGIA FONTE DE VIDA

Liturgia, fonte de vida
Uma perspectiva teológica para a práxis litúrgica
Por Antonio Gaspari

ROMA,

-Acaba de chegar às livrarias italianas o livro de Mauro Gagliardi, Liturgia fonte di vita - Prospettive teologiche (Fede & Cultura).
Trata-se de um livro que tem o mérito de propor uma visão da liturgia principalmente em uma perspectiva teológica e que procura responder às perguntas sobre o fundamento da liturgia, indicando uma práxis celebrativa mais em consonância com os sagrados mistérios.
No prólogo do livro, Dom Mauro Piacenza, secretário da Congregação para o Clero, escreve que o autor "oferece uma aproximação teológica da liturgia consistente e ao mesmo tempo acessível", também porque "o Concílio Vaticano II recorda que a aproximação da liturgia é, antes de mais nada, de cunho teológico".
O arcebispo secretário da Congregação para o Clero indica que, "entre os principais elementos que qualificam o sacerdócio, está, sem sombra de dúvida, o serviço litúrgico e, de forma muito especial, o ministério do altar" e, por isso, "compreender teológica e espiritualmente o sentido da liturgia significa compreender verdadeiramente o próprio sacerdócio".
"É nossa vocação - conclui Dom Piacenza - que o presente livro possa realmente contribuir para esta necessária descoberta do fato de que o sacerdote é, antes de mais nada, um homem escolhido pelo Senhor para estar diante d'Ele e servi-lo."
Mauro Gagliardi, nascido em 1975, foi ordenado presbítero em 1999, na arquidiocese de Salerno. Doutor em Teologia (Gregoriana, Roma, 2002) e em Filosofia (L'Orientale, Nápoles, 2008), desde 2007 é professor na Faculdade de Teologia do Ateneu Pontifício Regina Apostolorum de Roma.
Desde 2008, é consultor do Ofício de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice. Publicou vários livros, artigos e contribuições a miscelâneas, tanto na Itália como fora dela. Sobre a relação entre teologia e liturgia, ele concedeu esta entrevista a Zenit.
-Por que um professor de teologia como você decidiu escrever um livro sobre liturgia?
-Gagliardi: Eu diria que há vários motivos, alguns dos quais são circunstâncias e outros tocam mais o objeto de estudo teológico. Nos últimos anos, eu me dediquei, por uma série de acontecimentos ocasionais, a aprofundar no estudo na liturgia. No começo, meus estudos estavam dirigidos quase exclusivamente à teologia dogmática, que é meu principal campo de especialização e de ensino. Um dia, durante meu último ano de doutorado em teologia, caíram em minhas mãos alguns livros que me encheram de curiosidade: apresentavam o tema da liturgia de uma forma distinta daquela com que eu estava acostumado. Sua leitura foi apaixonante e, a seguir, a de outros análogos. Comecei, assim, a formar uma cultura litúrgica.
Resumindo, estas obras constituíam uma aproximação da liturgia não somente do ponto de vista histórico - que, no entanto, não se descuidava - mas também do teológico. O que eu nunca havia conhecido bem era uma teologia da liturgia e, quando esta saiu ao meu encontro, eu a acolhi com alegria, quase de forma natural.
Depois li e reli o excepcional livro do cardeal Ratzinger, Introdução ao espírito da liturgia, e outros ensaios seus em matéria litúrgica. Acho que li todos, várias vezes. Em 2007, publiquei um livro sobre a Eucaristia (Introduzione al Mistero eucaristico. Dottrina - Liturgia - Devozione), no qual desenvolvi tanto o aspecto dogmático como o litúrgico e o espiritual do grande Sacramento do Altar.
De fato, minha aproximação continuava sendo teológico-dogmática, mas agora, graças aos novos estudos, eu podia ver melhor o vínculo fecundo entre doutrina, liturgia e devoção. Por outro lado, o livro saiu quase ao mesmo tempo que a exortação apostólica Sacramentum Caritatis, que trata sobre a Eucaristia, precisamente desenvolvendo estas três dimensões. Isso foi, para mim, uma confirmação autorizadíssima do estudo que havia feito para escrever o livro.
Em 2008, fui nomeado consultor do Ofício de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice. Também por este motivo, meu estudo no âmbito litúrgico continua e se aprofunda, ainda que tenha de dividir-se na prática com a pesquisa no âmbito dogmático, que obviamente devo continuar.
Expondo estas circunstâncias, penso ter explicado também por que um dogmático se interessou pela liturgia: acontecimentos concretos me levaram a isso, mas estes acontecimentos não faziam outra coisa que estimular em mim o interesse por aspectos ainda não desenvolvidos e que estão conectados com o próprio dogma.
No caso específico do meu último livro, a ocasião me foi proporcionada por um convite a dar um seminário monográfico intensivo, dentro do curso internacional para os formadores de seminários, uma importante iniciativa organizada há 20 anos pelo instituto Sacerdos, todos os anos, em Leggiuno, província de Varese (Itália). O curso oferece a reitores, professores, pais espirituais e formadores dos seminários do mundo inteiro um programa amplo e muito bem estruturado de formação e de atualização, sobre os temas relacionados à formação dos futuros sacerdotes.
Em julho de 2008, falei sobre a liturgia durante 3 dias a esses irmãos sacerdotes, procedentes dos cinco continentes, e também a um bispo oriental que participava do curso; e percebi o seu grande interesse pelo corte teológico que dava à minha exposição. Os dados bíblicos, históricos e filológicos certamente contam e eu tentava que não faltassem, junto às análises de casos concretos, mas o interesse era suscitado sobretudo pela compreensão teológica da liturgia. Após esta experiência positiva, decidi organizar minhas anotações e o livro nasceu.
-Em um mundo que parece cada vez mais secularizado, por que um livro sobre a liturgia?
-Gagliardi: Eu diria que é o contrário, que precisamente porque frequentemente o mundo moderno - pelo menos o mundo ocidental - parece cada vez mais afastado da fé e da religião, é necessário recordar alguns pontos firmes e, entre eles, certamente está o culto divino, a sagrada liturgia.
Às vezes, acredita-se que, diante dos desafios da "cidade secular", também o cristianismo, se quiser ser aceito, deve se secularizar. Não posso aqui, obviamente, entrar em detalhes sobre um tema tão amplo. Mas para a liturgia vale um discurso semelhante.
Parece que, em muitos casos, existiu uma tendência a secularizar a liturgia, quase "desmistificá-la", torná-la menos divina e mais humana, de forma que as pessoas pudessem reconhecer-se mais nela, de acordo com a mentalidade e a cultura típicas da nossa época. Está claro que a liturgia se forma e muda, através dos séculos, também com base na influência das culturas. É necessário, no entanto, verificar prudentemente quando se trata de mudanças homogêneas com a tradição e, portanto, positivas, falando em geral, e quando isso não acontece.
Também neste caso, é impossível entrar aqui em detalhes, mas à sua pergunta eu respondo que, precisamente em um mundo que parece com frequência afastado de Deus, é necessária ainda mais uma liturgia verdadeiramente divina e sagrada.
Não é correto dizer - como se fez frequentemente - que hoje os problemas da Igreja seriam outros. O culto que devemos dar publicamente a Deus, e a forma correta de fazer este culto, são de capital importância para o homem de toda época, sejam quais forem os problemas que ele tiver de enfrentar. E mais ainda, pensando bem, é difícil encontrar um problema que seja mais importante para o homem que sua relação com Deus, na qual a liturgia sagrada é o momento culminante.
-Quais são os temas relevantes tratados no livro? O que você pretende comunicar aos leitores? Que objetivos quer alcançar?
-Gagliardi: Começo pela última pergunta e respondo simplesmente que o que me proponho, quando estudo, leciono ou escrevo, é a busca pessoal da verdade e sua consequente difusão. Por isso, nunca me proponho idear algo novo, algo que ninguém soube ou disse antes. Tento dizer de forma clara e, na medida do possível, de forma nova, o que a Igreja sempre soube e continua incessantemente ensinando e aprofundando no desenvolvimento de sua vida.
Com relação aos temas do meu livro, tratei, no relativo aos temas fundamentais e gerais, do conceito de liturgia, do papel do sacerdote ministro e dos fiéis na celebração, da forma como a liturgia é para nós fonte de vida, isto é, manancial de graça, da santificação litúrgica do tempo e do espaço, da dinâmica teológica da Eucaristia, da beleza litúrgica, assim como da relação entre liturgia e ética e liturgia e devoção, concluindo sobre a formação litúrgica. Além disso, propus um capítulo com uma breve história da reforma litúrgica a partir do Concílio de Trento até nossos dias. No livro, encontram-se também diversos temas específicos e concretos, como a orientação da oração litúrgica, a língua a ser usada na celebração, a melhor postura para receber a Santa Comunhão etc.
-Ainda existe muita polêmica sobre o êxito da reforma litúrgica pós-conciliar. Você poderia nos ilustrar os termos do debate e qual é seu parecer ao respeito?
-Gagliardi: Sobre os termos da questão, dito muito resumidamente: após o Vaticano II, uma comissão dedicada a isso trabalhou para levar a cabo a reforma geral da liturgia, pedida pelo Concílio. Os resultados concretos desta reforma, segundo admitiram o então cardeal Ratzinger e outros muitos especialistas, não correspondem em todos os detalhes concretos ao texto da Sacrosanctum Concilium.
Aqui, as posturas divergem: uns falam de traição ao Concílio e, ainda mais, à Igreja e à sua imemorial tradição litúrgica, e desejariam uma anulação completa da reforma, à qual seguiria uma restauração da liturgia à situação de 1962, quando não antes.
Outros, pelo contrário, tendem quase a fazer uma canonização da reforma, da maneira como se levou a cabo e dos resultados, e se mostram às vezes inclusive agressivos quando alguém lança a hipótese, certamente não de anulá-la, mas somente de revisá-la e corrigi-la.
Ambas as posturas, a meu ver, estão equivocadas. E estas perspectivas nos impedem também de avaliar de forma correta algumas importantes decisões que o Santo Padre tomou. Contudo, existe uma terceira via, que é a correta, e que consiste em favorecer o desenvolvimento homogêneo da tradição litúrgica da Igreja.
-Segundo uma sondagem recente, 2 de cada 3 praticantes iriam à Missa tridentina pelo menos uma vez por mês se a tivessem em sua paróquia, mas parece que vários bispos e párocos não gostam muito deste rito. É verdade? O que você pensa disso?
-Gagliardi: Eu li sobre esta sondagem recente, levada a cabo por Doxa, uma conhecida sociedade que trabalha no setor. Os resultados deveriam, portanto, corresponder à situação real, na medida em que isso é possível em uma sondagem.
Desde a publicação do motu próprio Summorum Pontificum, há mais de dois aos, muitas vezes os jornais, revistas e sites mostram notícias de declarações e/ou decisões de membros do clero, que parecem ir em uma direção diversa da desejada pelo documento pontifício. Neste sentido, pode-se dizer que uma parte, que eu não saberia quantificar, de bispos e sacerdotes parece não estar entusiasmada com a ideia de ver uma nova difusão da celebração da Missa segundo o uso mais antigo. Os motivos desta postura podem variar e está claro que aqui não podemos fazer uma análise profunda.
Minha opinião é que, se o Santo Padre decidiu favorecer, através da sua decisão, os que desejam celebrar ou participar da forma mais antiga do rito romano, aqueles que não amam especialmente esta forma - e, portanto, não desejam valer-se pessoalmente da faculdade concedida - não deveriam colocar obstáculos à realização de uma normativa que, tendo emanado da Suprema Autoridade, tem valor para toda a Igreja. Certamente, pode haver casos particulares, em que os amantes do rito de São Pio V tenham pretensões excessivas.
Estes casos devem ser avaliados individualmente por parte dos bispos, que continuam sendo, em suas dioceses, os principais responsáveis pela vida litúrgica (e é preciso recordar que compete a tais bispos velar não somente por estes casos, mas também pela observância estrita das normas fixadas nos livros litúrgicos pós-conciliares). Parece-me, contudo, que os casos de excessos por parte dos que valorizam o rito mais antigo são menos frequentes que as declarações e ações para desanimar a celebração deste rito. Brevemente, eu diria que é essencial que ninguém anteponha sua autoridade particular ou sua visão pessoal às decisões do Santo Padre, que é o centro da unicidade visível da Igreja.
-Muitos fiéis lamentam um empobrecimento da atual práxis celebrativa. Que conselhos você daria para renovar e tornar mais bela e intensa a liturgia?
-Gagliardi: Há muitos conselhos, que exponho em meu livro e, portanto, para responder à sua pergunta, o melhor que posso fazer é recomendar sua leitura. Contudo, posso dizer ao menos que na base das muitas coisas que se pode fazer ou renovar - tanto no âmbito mais geral quanto no mais detalhado -, penso que existe uma verdade teológico-litúrgica em torno da qual gira todo o resto: o protagonista da sagrada liturgia não é o indivíduo nem a comunidade - estes, no entanto, têm um papel relevante -, mas o Deus trinitário e seu Cristo. Tudo está aqui.
Isso é verdadeiramente essencial. Cada gesto, cada disposição, cada atitude do corpo e do espírito, cada objeto utilizado na liturgia devem ser uma manifestação deste fato: não celebramos nós mesmos ou nossa comunidade. Nosso culto está dirigido a Deus Pai, através de Jesus Cristo, no Espírito Santo. Este culto em espírito e verdade nos santifica e nos abre à vida eterna.

Fonte: ZENIT.org

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O SANTO ROSÁRIO


O PODER DO SANTO ROSÁRIO.


São Luís Maria Grignion de Montfort (1673 –1716), grande apóstolo de Maria Santíssima, escreveu:

“A Santíssima Virgem revelou ao Bem-aventurado Alain de la Roche que, depois do Santo Sacrifício da Missa, que é o primeiro e mais vivo memorial da Paixão de Jesus Cristo, não havia devoção mais excelente e meritória que o Rosário, que é como que um segundo memorial e representação da vida e da Paixão de Jesus Cristo”.

Assim sendo, depois da Santa Missa o Santo Rosário é a mais poderosa arma de eficácia comprovada contra Satanás e seus sequazes, que procuram perder as almas.
É um meio de salvação dos mais poderosos e eficazes que nos foi oferecido pela Divina Providência.
O Rosário soluciona inúmeros problemas, assegura a salvação eterna e antecipa a implantação no mundo do Reino do Imaculado Coração de Maria.

O Rosário, Instrumento de Salvação.

(Extraído do livro: A eficácia maravilhosa do Santo Rosário, de São Luís Maria Grignion de Montfort)
A Santíssima Virgem revelou ao Beato Alano que, quando São Domingos pregou o Rosário, pecadores endurecidos foram tocados e choraram amargamente seus crimes, e até crianças fizeram penitências incríveis.
O fervor foi tão grande, por toda a parte onde ele pregava, que os pecadores mudaram de vida e edificaram todo o mundo por suas penitências.
Se vós sentis vossa consciência carregada de pecados, tomai o Rosário e rezai uma parte dele em honra de alguns dos mistérios da vida, da paixão ou da glória de Jesus Cristo.
Convencei-vos de que, enquanto estiverdes meditando e honrando esses mistérios, no céu Ele mostrará suas chagas sagradas ao Pai, tomará a vossa defesa e obterá a contrição e o perdão dos vossos pecados. Ele mesmo disse um dia ao Beato Alano: "Se esses míseros pecadores rezassem frequentemente o Rosário, participariam dos méritos da minha paixão e Eu, como seu advogado, aplacaria a Justiça divina".
Nossa vida é uma guerra e uma tentação contínuas, na qual não temos que combater inimigos de carne e de sangue, mas as próprias potências do inferno.
Armai-vos, pois, com a arma de Deus que é o santo Rosário. Esmagareis assim a cabeça do demônio e permanecereis inabaláveis diante de todas as suas tentações.
É por isso que o Rosário, ainda que considerado materialmente, é tão terrível ao demônio, e os Santos dele se serviram para expulsá-lo dos corpos de possessos, como testemunham muitas narrativas.
O Beato Alano atesta que livrou grande número de possessos colocando o Rosário em seu pescoço.
Santo Agostinho assegura que não há exercício mais frutuoso e mais útil para a salvação do que pensar frequentemente nos sofrimentos de Nosso Senhor.
Santo Alberto Magno, mestre de São Tomás, soube por revelação que a simples lembrança ou meditação da paixão de Jesus Cristo é mais meritória ao cristão do que jejuar a pão e água todas as sextas-feiras de um ano inteiro, ou tomar a disciplina até o sangue todas as semanas, ou recitar todos os dias os cento e cinqüenta Salmos.
O Padre Dorland conta que a Santíssima Virgem declarou ao venerável Domingos, cartuxo devoto do santo Rosário, que residia em Trèves no ano de 1481, que "todas as vezes que um fiel recita o Rosário com as meditações dos mistérios da vida e da paixão de Jesus Cristo em estado de graça, ele obtém plena e inteira remissão de todos os seus pecados".
Ao Beato Alano, Ela disse: "Grande quantidade de indulgências foram concedidas ao meu Rosário, mas fica sabendo que Eu acrescentarei ainda muitas mais, aos que rezarem o terço em estado de graça, de joelhos e devotamente. E a quem nas mesmas condições perseverar nessa devoção, Eu lhe obterei no fim da vida, como recompensa por esse bom serviço, a plena remissão da pena e da culpa de todos os seus pecados".

Por que Nossa Senhora insiste tanto na Oração do Rosário?

Em 1945 os americanos lançaram a bomba atômica sobre duas cidades japonesas: Nagasaki e Hiroshima. Nesta última, num raio de um quilômetro e meio do centro da explosão, ficou tudo arrasado e todos os habitantes morreram carbonizados. A casa paroquial, com oito moradores jesuítas, que distava apenas 800 metros da explosão, ficou de pé e os seus moradores ficaram ilesos.

O Pe. Hubert Shiffer era um deles e tinha então 30 anos. Depois viveu mais 33 completamente com saúde e nenhum dos moradores da casa sofreu as conseqüências da radioatividade. Ele contou a sua experiência no Congresso Eucarístico da Filadélfia (EUA) em 1976. Então todos os membros daquela comunidade ainda viviam.

O Pe. Shiffer foi examinado e interrogado por mais de 200 cientistas e não puderam explicar como, no meio de milhares de mortos, ele e seus companheiros tinham podido sobreviver. O Pe. Shiffer afirmou que centenas de cientistas e pesquisadores por vários anos continuaram a investigar por que a casa paroquial não foi atingida quando tudo ao redor ficou arrasado. E o padre explicou, dizendo: "Naquela casa se rezava todos os dias, em comum, o Santo Rosário. Por isso, foi protegida por Nossa Senhora".

Nossa Senhora, a partir principalmente de Lourdes, dá uma ênfase toda especial à oração do Rosário. Em Lourdes aparece sempre com o ROSÁRIO. Em outras aparições, pede sempre que se reze o Rosário. Em Fátima, em cada uma das aparições, ela insiste: "Rezem o ROSÁRIO DIARIAMENTE".

Em Medjugorje, desde o início, pede que se reze o Rosário. Em 14/08/84, ela diz: "Eu gostaria que cada dia se rezasse pelo menos o Rosário". Em 27/09/84: "Peço às famílias da paróquia que rezem o rosário em família".

No dia 25/06/85 a vidente Marija pergunta a Nossa Senhora o que deseja dizer aos sacerdotes. Ela responde: "Caros filhos, eu os exorto a convidar todos à Oração do Rosário. Com o rosário, vencerão todas as dificuldades que Satanás, neste momento, quer colocar no caminho da Igreja Católica. Vocês todos, Sacerdotes, Rezem o Rosário. Consagrem tempo ao Rosário".

O Papa, no 80º aniversário das aparições em Fátima, disse: "Caríssimos irmãos, rezai o Rosário todos os dias! Peço vivamente aos pastores para rezar o Rosário nas suas comunidades cristãs. Ajudai o povo de Deus a retornar à oração cotidiana do Rosário".

A Origem da Ave-Maria

É bom lembrar que, a segunda parte da Ave-Maria ("Santa Maria, Mãe de Deus"), foi introduzida na oração por ocasião da vitória sobre a heresia nestoriana, deflagrada no ano de 429.

O bispo Nestório, Patriarca de Constantinopla, afirmava ser Maria mãe de Jesus e não Mãe de Deus. O episódio tomou feições tão sérias que culminou no Concílio de Éfeso convocado pelo Papa Celestino I. Sob a presidência de São Cirilo (Patricarca de Alexandria), a heresia foi condenada e Nestório, recusando a aceitar a decisão do conselho, acabou sendo excomungado. (Leia o artigo XVI do livro Oriente para saber mais sobre a heresia nestoriana).

Conta-se que no dia de encerramento do Concílio, onde os Padres Conciliares exaltaram as virtudes e as prerrogativas especiais da VIRGEM MARIA, o Santo Padre Celestino ajoelhou-se diante da assembléia e saudou Nossa Senhora, dizendo: "SANTA MARIA, MÃE DE DEUS, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém."
Na continuidade dos anos, esta saudação foi unida àquela que o Arcanjo Gabriel fez a Maria, conforme o Evangelho de Jesus segundo São Lucas 1,26-38 "Ave cheia de graça, o Senhor está contigo!" e também, a outra saudação que Isabel fez a Maria, para auxiliá-la durante os últimos três meses de sua gravidez: "Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre." (Lucas1, 42) Estas três saudações deram origem a AVE MARIA.

Como surgiu a oração do Santo Rosário

A oração do Santo Rosário surge aproximadamente no ano 800 à sombra dos mosteiros, como Saltério dos leigos. Dado que os monges rezavam os salmos (150), os leigos, que em sua maioria não sabiam ler, aprenderam a rezar 150 Pai Nossos. Com o passar do tempo, se formaram outros três saltérios com 150 Ave Marias, 150 louvores em honra a Jesus e 150 louvores em honra a Maria.

Posteriormente fez-se uma combinação dos quatro saltérios, dividindo as 150 Ave Marias em 15 dezenas e colocando um Pai nosso no início de cada uma delas. Em 1500 ficou estabelecido, para cada dezena a meditação de um episódio da vida de Jesus ou Maria, e assim surgiu o Rosário de quinze mistérios.

Rosa das rosas, Rainha das rainhas.

A palavra Rosário vem do latim Rosarium, que significa 'Coroa de Rosas'.
Nossa Senhora é a Rosa Mística (como é invocada na Ladainha Lauretana), e em sua homenagem o nome Rosário, que vem de Rosas. A Virgem Maria revelou a muitas pessoas que cada vez que rezam uma Ave Maria lhe é entregue uma Rosa espiritual, e por cada Rosário completo, lhe é entregue uma Coroa de Rosas.
A rosa é a rainha das flores, Rosa das rosas, como é a Rainha das rainhas. sendo assim o Rosário a Rosa de todas as devoções e, portanto, a mais importante.

O Santo Rosário é considerado a oração perfeita porque junto com ele está a majestosa história de nossa salvação. Com o rosário, meditamos os mistérios de gozo, de dor e de glória de Jesus e Maria. É uma oração simples, humilde como Maria. É uma oração que podemos fazer com ela, a Mãe de Deus. Com o Ave Maria a convidamos a rezar por nós. A Virgem sempre nos dá o que pedimos. Ela une sua oração à nossa. Portanto, esta é mais poderosa, porque Maria recebe o que ela pede, Jesus nunca diz não ao que Sua Mãe lhe pede. Em cada uma de suas Aparições, nos convida a rezar o Rosário como uma arma poderosa contra o maligno, para nos trazer a verdadeira paz.

São Domingos e o Santo Rosário.

A difusão e posterior expansão do Rosário, a Igreja atribui à São Domingos de Gusmão (século XII), conhecido como o "Apóstolo do Rosário", cuja devoção propagou aos católicos como arma contra o pecado e contra a heresia albigense , que assolava Toulose (França).
Segundo respeitosa tradição, Nossa Senhora numa Aparição revelou a devoção ao Rosário a São Domingos de Gusmão, em 1214, como meio para salvar a Europa de uma heresia.
Eram os albigenses, que, como uma epidemia maldita, contagiavam com seus erros outros países, a partir do norte da Itália e da região de Albi, no sul da França. De onde o nome de albigenses atribuído a esses hereges, conhecidos também como cátaros (do grego: puros), pois assim soberbamente se auto nomeavam.

Eram lobos disfarçados com pele de ovelha, infiltraram-se nos meios católicos para melhor enganar e captar simpatia. Tais hereges pregavam, entre outros erros, o panteísmo, o amor livre, a abolição das riquezas, da hierarquia social e da propriedade particular — salta aos olhos a semelhança com o comunismo.

Várias regiões da Europa do século XIII ficaram infestadas pela heresia albigense, e toda a reação católica visando contê-la mostrava-se ineficaz. Os hereges, após conquistar muitas almas, destruir muitos altares e derramar muito sangue católico, pareciam definitivamente vitoriosos.

São Domingos (mais tarde fundador da Ordem Dominicana) intrepidamente empenhou-se no combate à seita albigense, não conseguindo, porém, sobrepujar o ímpeto dos hereges, que continuavam pervertendo os fiéis católicos. E os que não se pervertiam eram massacrados.

Desolado, São Domingos suplicou à Virgem Santíssima que lhe indicasse uma eficaz arma espiritual capaz de derrotar aqueles terríveis adversários da Santa Igreja.

A Aparição da Santíssima Virgem

Quando tudo parecia perdido, Nossa Senhora interveio nos acontecimentos para salvar a Cristandade desse mal.

O Bem-aventurado Alain de la Roche (1428 – 1475), célebre pregador da Ordem Dominicana, no livro Da dignidade do Saltério, narra a aparição de Nossa Senhora a São Domingos, em 1214. Nessa aparição, Ela ensina aquele Santo a pregar o Rosário (também chamado Saltério de Maria, em lembrança dos 150 salmos de Davi) para salvação das almas e conversão dos hereges.
Na obra de São Luís Grignion de Montfort acima citada, ele transcreve tal narração:

Vendo São Domingos que os crimes dos homens criavam obstáculos à conversão dos albigenses, entrou em um bosque próximo a Toulouse e passou nele três dias e três noites em contínua oração e penitência, não cessando de gemer, de chorar e de macerar seu corpo com disciplinas para aplacar a cólera de Deus, até cair meio morto.

A Santíssima Virgem, acompanhada de três princesas do Céu, lhe apareceu e disse:

— Sabes tu, meu querido Domingos, de que arma se serviu a Santíssima Trindade para reformar o mundo?

— Ó Senhora! – respondeu ele – Vós o sabeis melhor do que eu, porque depois de vosso Filho Jesus Cristo, fostes o principal instrumento de nossa salvação’.

Ela acrescentou:

— Saiba que a peça principal da bateria foi a saudação Angélica, que é o fundamento do Novo Testamento; e portanto, se queres ganhar para Deus estes corações endurecidos, reza meu Saltério.

Rosário esmaga heresia albigense

O Santo se levantou muito consolado e abrasado de zelo pelo bem daquela gente; entrou na igreja catedral; no mesmo momento os sinos tocaram, pela intervenção dos anjos, para reunir os habitantes. No princípio da pregação, formou-se uma espantosa tormenta; a terra tremeu, o sol se obscureceu, os repetidos trovões e os relâmpagos fizeram estremecer e empalidecer os ouvintes; e aumentou seu terror ao ver uma imagem da Santíssima Virgem, exposta em lugar proeminente, levantar os braços três vezes ao Céu para pedir a Deus vingança contra eles, se não se convertessem e não recorressem à proteção da Santa Mãe de Deus.

O Céu queria por esses prodígios aumentar a nova devoção do santo Rosário e torná-la mais notória.

A tormenta cessou por fim, pelas orações de São Domingos. Ele continuou seu sermão, e explicou com tanto fervor e entusiasmo a excelência do santo Rosário, que os moradores de Toulouse (um dos principais focos da heresia) o abraçaram quase todos e renunciaram a seus erros, vendo-se em pouco tempo uma grande mudança na vida e nos costumes da cidade.

Melhor artilharia contra o demônio e sequazes.

Empunhando a potente arma do Rosário, São Domingos retornou ao combate, pregando incansavelmente na França, Itália e Espanha a devoção que a própria Senhora do Rosário lhe ensinara, e por todas as partes reconquistava as almas: os católicos tíbios se afervoravam, os fervorosos se santificavam; as ordens religiosas floresciam; convertia os hereges, que, abjurando seus erros, voltavam à Igreja aos milhares; os pecadores se arrependiam e faziam penitência; expulsava os demônios de possessos; operava milagres e curas. Somente na Lombardia, o ardoroso cruzado do Rosário converteu mais de 100 mil hereges albigenses.
Tudo por meio da melhor artilharia contra o demônio e seus seguidores: o Santo Rosário.

O herói Conde Simão de Montfort.

Mas restavam ainda aqueles hereges empedernidos, que não se convertiam de nenhum modo, e procuravam reverter a derrota fazendo estragos em alguns outros países. Para resolver o problema, Nossa Senhora, além do heróico São Domingos, suscitou outro herói para erradicar da Europa a heresia: o admirável Conde Simão de Montfort. O primeiro empunhou como arma o Rosário, o segundo empunhou a espada. Uma combinação perfeita: o espírito de oração com o espírito de cruzada em defesa da Fé Católica.

A história de Simão de Montfort é, além de admirável, extensa. Citemos a propósito, apenas de passagem, um trecho extraído do livro de São Luís Grignion de Montfort (o sobrenome de ambos é o mesmo, embora, segundo parece, não fossem parentes – pelo menos não há dados concludentes a respeito):

Quem poderá contar as vitórias que Simão, Conde de Montfort, obteve contra os albigenses sob a proteção de Nossa Senhora do Rosário? Foram tão notáveis, que jamais se viu no mundo coisa parecida. Com quinhentos homens, desbaratou um exército de dez mil hereges.
Outra vez, com trinta homens, venceu a três mil. Depois, com mil infantes e quinhentos cavaleiros, fez em pedaços o exército do rei de Aragão, composto de cem mil homens, perdendo somente oito soldados de infantaria e um de cavalaria.

Livre a França da heresia albigense, a devoção ao Santo Rosário atravessou as fronteiras. São Domingos pregou incansavelmente, até o fim de seus dias, esta milagrosa e eficientíssima devoção nos países vizinhos, colhendo neles semelhantes frutos. Atravessou não somente as fronteiras européias, mas os continentes e também os séculos, uma vez que, até os presentes dias, o Rosário é rezado com grande fruto em todos os países do mundo.

Os Papas recomendam o Rosário

Pio IX: “Assim como São Domingos se valeu do Rosário como de uma espada para destruir a nefanda heresia dos albigenses, assim também hoje os fiéis exercitando o uso desta arma — que é a reza cotidiana do Rosário — facilmente conseguirão destruir os monstruosos erros e impiedades que por todas as partes se levantam” (Encíclica Egregiis, de 3 de dezembro de 1856).

Leão XIII: “Queira Deus — é este um ardente desejo Nosso — que esta prática de piedade retome em toda parte o seu antigo lugar de honra! Nas cidades e aldeias, nas famílias e nos locais de trabalho, entre as elites e os humildes, seja o Rosário amado e venerado como insigne distintivo da profissão cristã e o auxílio mais eficaz para nos propiciar a divina clemência” (Encíclica Jucunda semper, de 8 de setembro de 1894).

São Pio X: “O Rosário é a mais bela e a mais preciosa de todas as orações à Medianeira de todas as graças: é a prece que mais toca o coração da Mãe de Deus. Rezai-o todos os dias”.

Bento XV: “A Igreja, sobretudo por meio do Rosário, sempre encontrou nEla a Mãe da graça e a Mãe da misericórdia, precisamente conforme tem o costume de saudá-La. Por isso, os Romanos Pontífices jamais deixaram passar ocasião alguma, até o presente, de exaltar com os maiores louvores o Rosário mariano, e de enriquecê-lo com indulgências apostólicas”.

Pio XI: “Uma arma poderosíssima para pôr em fuga os demônios .... Ademais, o Rosário de Maria é de grande valor não só para derrotar os que odeiam a Deus e os inimigos da Religião, como também estimula, alimenta e atrai para as nossas almas as virtudes evangélicas” (Encíclica Ingravescentibus malis, de 29 de setembro de 1937).

Pio XII: “Será vão o esforço de remediar a situação decadente da sociedade civil, se a família, princípio e base de toda a sociedade humana, não se ajustar diligentemente à lei do Evangelho. E nós afirmamos que, para desempenho cabal deste árduo dever, é sobretudo conveniente o costume do Rosário em família” (Encíclica Ingruentium malorum, de 15 de setembro de 1951).

João XXIII: “Como exercício de devoção cristã, entre os fiéis de rito latino, .... o Rosário ocupa o primeiro lugar depois da Santa Missa e do Breviário, para os eclesiásticos, e da participação nos Sacramentos, para os leigos” (Carta Apostólica Il religioso convegno, de 19 de setembro de 1961).
Paulo VI: “Não deixeis de inculcar com toda a diligência e insistência o Rosário marial, forma de oração tão grata à Virgem Mãe de Deus e tão freqüentemente recomendada pelos Romanos Pontífices, pela qual se proporciona aos fiéis o mais excelente meio de cumprir de modo suave e eficaz o preceito do Divino Mestre: ‘Pedi e recebereis, buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á’ (Mt. 7, 7)” (Encíclica Mense maio, de 19 de abril de 1965).

João Paulo II: “O Rosário, lentamente recitado e meditado — em família, em comunidade, pessoalmente — vos fará penetrar pouco a pouco nos sentimentos de Jesus Cristo e de sua Mãe, evocando todos os acontecimentos que são a chave de nossa salvação” (Alocução de 6 de maio de 1980).

Inimigos internos e externos vencidos pelo Rosário

Como acabamos de ver, São Domingos, com a cruzada de orações que empreendeu por meio do Rosário, derrotou os inimigos internos da Igreja vencendo a seita albigense infiltrada entre os católicos. Veremos agora um exemplo histórico de como o Santo Rosário derrotou inimigos externos da Cristandade.

No século XVI, o poderio otomano (sobretudo o Império turco, de religião muçulmana) crescia espantosamente e tudo empreendia para aniquilar e dominar a Europa cristã. Os turcos já haviam conquistado Constantinopla e ocupado a ilha de Chipre, de onde pretendiam marchar em direção ao Ocidente.

Em face do iminente perigo para a Cristandade, o Sumo Pontífice de então, o Papa São Pio V, conclamou os príncipes europeus a se unirem numa frente comum contra o inimigo. Reuniu uma pequena esquadra composta com o apoio de Felipe II da Espanha, das Repúblicas de Veneza e de Gênova e do Reino de Nápoles, além de um contingente dos Estados Pontifícios.

São Pio V não desanimou ante a desproporção das forças, pois confiava mais na proteção de Deus e de sua Santíssima Mãe. Entregou ao generalíssimo D. João d’Áustria o comando da esquadra e deu-lhe um estandarte com a imagem de Nossa Senhora, pedindo-lhe que partisse logo ao encontro do inimigo.

Na batalha de Lepanto: A vitória salvadora.

Há 436 anos, em 7 de outubro de 1571, a esquadra católica, composta de aproximadamente 200 galeras, concentrou-se no golfo de Lepanto. D. João d’ Áustria mandou hastear o estandarte oferecido pelo Papa e bradou: “Aqui venceremos ou morremos”, e deu a ordem de batalha contra os seguidores de Maomé. Os primeiros embates foram favoráveis aos muçulmanos, que, formados em meia-lua, desfecharam violenta carga. Os católicos, com o Terço ao pescoço, prontos a dar a vida por Deus e tirar a dos infiéis, respondiam aos ataques com o máximo vigor possível.

Mas, apesar da bravura dos soldados de Cristo, a numerosíssima frota do Islã, comandada por Ali-Pachá, parecia vencer. Após 10 horas de encarniçado embate, os batalhadores católicos receavam a derrota, que traria graves conseqüências para a Civilização Cristã européia. Mas, ó prodígio! Ficaram surpresos ao perceberem que, inexplicavelmente e de repente, os muçulmanos, apavorados, bateram em retirada...

Obtiveram mais tarde a explicação: aprisionados pelos católicos, alguns mouros confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora aparecera no céu, ameaçando-os e incutindo-lhes tanto medo, que entraram em pânico e começaram a fugir.

Logo no início da retirada dos barcos muçulmanos, os católicos reanimaram-se e reverteram a batalha: os infiéis perderam 224 navios (130 capturados e mais de 90 afundados ou incendiados), quase 9.000 maometanos foram capturados e 25.000 morreram. Ao passo que as perdas católicas foram bem menores: 8.000 homens e apenas 17 galeras perdidas.

Vitória alcançada pelo Rosário.

Enquanto se travava a batalha contra os turcos em águas de Lepanto, a Cristandade rogava o auxílio da Rainha do Santíssimo Rosário. Em Roma, o Papa São Pio V pediu aos fiéis que redobrassem as preces. As Confrarias do Rosário promoviam procissões e orações nas igrejas, suplicando a vitória da armada católica.

O Pontífice, grande devoto do Rosário, no momento em que se dava o desfecho da famosa batalha, teve uma visão sobrenatural, na qual ele tomou conhecimento de que a armada católica acabara de obter espetacular vitória. E imediatamente, exultando de alegria, voltou-se para seus acompanhantes exclamando: “Vamos agradecer a Jesus Cristo a vitória que acaba de conceder à nossa esquadra”.

A milagrosa visão foi confirmada somente na noite do dia 21 de outubro (duas semanas após o grande acontecimento), quando, por fim, o correio chegou a Roma com a notícia. São Pio V tinha meios mais rápidos para se informar...

Em memória da estupenda intervenção de Maria Santíssima, o Papa dirigiu-se em procissão à Basílica de São Pedro, onde cantou o Te Deum Laudamus e introduziu a invocação Auxílio dos Cristãos na Ladainha de Nossa Senhora. E para perpetuar essa extraordinária vitória da Cristandade, foi instituída a festa de Nossa Senhora da Vitória, que, dois anos mais tarde, tomou a denominação de festa de Nossa Senhora do Rosário, comemorada pela Igreja no dia 7 de outubro de cada ano.

Ainda com o mesmo objetivo, de deixar gravado para sempre na História que a Vitória de Lepanto se deveu à intercessão da Senhora do Rosário, o senado veneziano mandou pintar um quadro representando a batalha naval com a seguinte inscrição: “Non virtus, non arma, non duces, sed Maria Rosarii victores nos fecit”. (Nem as tropas, nem as armas, nem os comandantes, mas a Virgem Maria do Rosário é que nos deu a vitória).

Milagre: tropas soviéticas retiram-se da Áustria

Expulsos pelo Rosário Sem armas e sem sangue, Áustria se liberta dos comunistas.

Após a II Guerra Mundial, parte do território austríaco ficou sob domínio comunista. Tudo foi feito para que os russos se retirassem, todos os meios diplomáticos foram empregados. Contudo parecia impossível obter a retirada dos tiranos soviéticos que oprimiam o país católico.

Através da recitação do Rosário, a nação austríaca inteira implorou a libertação a Nossa Senhora de Fátima, pois só um milagre a salvaria.

Foi constituído um movimento chamado Rosenkranzsühnekreuzzug (Cruzada Reparadora do Santo Rosário), por iniciativa do Padre capuchinho Petrus Pavlicek (1902 – 1982). Em todas as cidades, vilas e aldeias crescia o número de pessoas que aderiam ao movimento, comprometendo-se a rezar o Rosário numa determinada hora. De tal modo que, 24 horas por dia, sempre havia austríacos rezando, rogando à Virgem Santíssima pela libertação do país do jugo comunista.

Muitas procissões foram organizadas nessa intenção. A maior delas talvez tenha sido a realizada em 12 de setembro de 1954: uma enorme procissão “aux flambeaux” (com tochas) em homenagem a Nossa Senhora de Fátima, da qual participaram muitas autoridades.

500 mil austríacos já haviam aderido a essa Cruzada de orações em 1955. A Senhora do Rosário atendeu as insistentes súplicas, e o impossível – naturalmente falando – ocorreu: em maio de 1955 as tropas soviéticas abandonaram o território austríaco. Um autêntico milagre!

O que é o Terço ?

Cada Terço corresponde (a terça parte de um Rosário) e compõe-se de cinco Mistérios, ou cinco dezenas; cada dezena corresponde a um Pai-Nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai (é aconselhável que se reze após o Glória a oração: “Ó meu Jesus perdoai-nos...”, que Nossa Senhora em Fátima recomendou aos três pastorinhos de Fátima).

Antes de iniciar cada dezena, enuncia-se o Mistério correspondente e nele devemos MEDITAR, ou seja, PENSAR, enquanto rezamos as Ave-Marias. No final de cada Terço (que equivale a 50 Ave-Marias), é recomendável rezar uma Salve Rainha ou um Lembrai-Vos.

O Terço e também o Rosário inicia-se com a recitação do Credo (resumo das principais verdades cristãs, nas quais todo católico deve crer), mas antes de começar a rezá-lo convém enunciar as intenções pelas quais estamos pedindo. Pode-se colocar quantas intenções se desejar, bem como pedir a graça de orar com piedade, fervorosamente e sem distrações.

Qual é o conteúdo do Rosário?

O Rosário se organizou tendo como referência os 150 salmos contidos na Sagrada Escritura. A cada salmo, corresponde a uma Ave-Maria. A cada dezena de Ave-Marias, intercalou-se um fato da vida de Jesus, um “mistério”. Mistérios da alegria, da dor e da glória. Portanto 15 Mistérios ou 15 dezenas, equivale a 150 Ave-Marias (lembram os 150 salmos — poemas religiosos — de Davi, como já se mencionou acima). Assim o Rosário é a soma dos três Terços.

Quando rezar o Rosário, pode-se — e por vezes é até conveniente — recitar os três Terços separadamente, como, por exemplo, rezando um Terço no período da manhã, outro à tarde e o terceiro à noite. No final recomenda-se recitar a Ladainha lauretana.

No primeiro Terço contemplam-se os Mistérios Gozosos (as alegrias da Virgem Santíssima), no segundo os Mistérios Dolorosos (as dores de Nosso Senhor Jesus Cristo na Paixão e Morte) e no terceiro os Mistérios Gloriosos (os triunfos de Nosso Senhor e de Nossa Senhora).

Quando a pessoa reza apenas um Terço (e não o Rosário inteiro), o costume é, nas segundas e quintas-feiras, meditar os Mistérios Gozosos; nas terças e sextas-feiras os Dolorosos; e nas quartas, sábados e domingos os Gloriosos.

Esses 15 Mistérios correspondem aos principais acontecimentos da Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor e aos principais acontecimentos da vida de sua Santíssima Mãe.

A simbologia do Rosário.

O próprio Rosário é um símbolo. Ele forma um círculo. Sua saída coincide com a chegada. Lembra o que Jesus falou: saí do Pai e volto ao Pai (Jo 16, 28). Nós também viemos do Pai e devemos voltar a Ele. A forma de fazê-lo é seguir Cristo, que se declarou nosso caminho (Jo 14, 8) e convida a cada um a segui-lo (Mt 19,21).

Pelo Rosário, meditamos na peregrinação que Jesus fez por este mundo unindo-nos pelo fio da fé. Sem a fé, os dias de nossa vida viram um amontoado de contas perdidas no chão, como acontece com as contas do terço quando se quebra o fio que as mantém unidas.

O centro do Rosário é Cristo crucificado. Tendo-o nas mãos, recorda que nossa vida e nossa oração devem ter seu centro em Cristo, em união com a Mãe de Deus e Nossa Mãe, Maria Santíssima.

O Pai-Nosso.

O Rosário ensinado diretamente por Nossa Senhora compõe-se das mais sublimes orações. A começar pelo Pai-Nosso, ensinado pelo próprio Nosso Senhor Jesus Cristo aos Apóstolos, quando estes pediram: “Ensinai-nos a rezar” (Lucas 11, 1). O Divino Redentor pronunciou as palavras do Pai-Nosso, indicando-nos o meio de glorificar a Deus. É claro que Ele não deixará de ouvir-nos, uma vez que suplicamos com as próprias palavras que Ele nos ensinou.

A Ave-Maria.

Sem dúvida, uma das mais belas orações é a Ave-Maria, composta com a saudação do Arcanjo São Gabriel, “Ave, ó cheia de graça, o Senhor é contigo”; com as palavras de Santa Isabel, “Bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre”; e com o acréscimo inserido pela Igreja, “Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém”. Em poucas palavras essa oração encerra as principais grandezas de Nossa Senhora.

Diz São Luís Grignion de Montfort:

“A saudação angélica resume na mais concisa síntese toda a teologia cristã sobre a Santíssima Virgem. Há nela um louvor e uma invocação: encerra o louvor da verdadeira grandeza de Maria; a invocação contém tudo que devemos pedir-Lhe e o que de sua bondade podemos alcançar”.

Este mesmo santo, e grande apóstolo do Rosário, conta que os hereges têm horror à Ave-Maria. Eles podem até aprender a recitar o Pai-Nosso, mas nunca a Ave-Maria: “Todos os hereges que são filhos do diabo.... prefeririam carregar sobre si uma serpente antes que um rosário”.

Não há graças que Deus não nos possa alcançar por meio de Maria a quem peça por meio do Rosário. No entanto é bom lembrar que devemos nos preparar para alcançar as graças que tanto pedimos.

Como devemos nos preparar.

Fazendo uma boa confissão a um Sacerdote com um arrependimento profundo e repeti-la periodicamente ao menos uma vez por mês, receber a Santíssima Eucaristia sempre que possível e que estivermos preparados para a receber, rezar o Creio que é a profissão de Fé nas verdades católicas.
Rezar nas intenções do Santo Padre o Papa. Ao menos 01 Pai Nosso 01 Ave Maria e 01 Glória ao Pai.
Também procurar estar dentro dos 7 Sacramentos da Igreja, próprio da condição de cada um, e observar os 10 Mandamentos da Lei de Deus.

Há inúmeros documentos pontifícios exaltando a excelência do Santíssimo Rosário. Neles os Papas recomendam empenhadamente essa devoção. Devemos nos preparar para receber estas graças (indulgências), pois o Rosário foi enriquecido ao longo dos séculos pelos Pontífices com inúmeras indulgências.

Perseverar, em todos os dias na Oração, para que Maria interceda a Jesus que na Sua infinita Misericórdia nos conceda os meios de alcançar estas graças.

O que é rezar ?

Rezar é falar com Deus. Se dirigir a Deus, se expressar; seja com o pensamento ou com a voz.

Como rezar bem.

Agora que já tomamos conhecimento da importância do Santo Rosário, de sua maravilhosa história e em que orações consiste, veremos não apenas como rezá-lo — o que é muito fácil —, mas como rezar bem, o que não é muito difícil, bastando um pouco de atenção.

Rezar bem o Rosário é simples e está ao alcance de todos. Não é necessário ser um sábio ou um doutor em teologia. Além das singelas orações acima indicadas, precisamos apenas contemplar os mistérios e as palavras da cada oração, algo que até crianças podem fazer.

Oração vocal e oração mental.

A oração vocal é a recitação piedosa das cinco dezenas de Ave-Marias (no caso do Terço), ou das 15 dezenas (no caso do Rosário). No início de cada conjunto de 10 Ave-Marias reza-se o Pai-Nosso, e no final o Glória ao Pai.

Em que consiste a oração mental ?

Enquanto se pronuncia as orações, em PENSAR OU CONTEMPLAR os Mistérios (pode-se também MEDITAR, PENSAR nas palavras da Ave-Maria, do Pai-Nosso ou do Glória).
O Rosário é um colóquio (uma conversa) com Deus e Nossa Senhora. Enquanto com a voz Os louvamos, com o PENSAMENTO MEDITAMOS nos sublimes mistérios, pois, sendo o homem composto de corpo e alma, com a boca e com a mente deve glorificar seu Criador. O que equivale ao nosso dito popular: “Não falar só da boca pra fora”, ou seja, sem amor, sem coração, sem meditação. Se isso não acontecer poderá ser em vão nossa oração.

Claro que tanto mais eficácia terá essa arma quanto maior nosso envolvimento e devoção a utilizarmos. Assim, evitar de rezar o Rosário despachadamente e distraído; procurar recitá-lo piedosamente e com atenção, se possível de joelhos diante do Tabernáculo (sacrário) ou de uma imagem de Jesus e/ou Nossa Senhora, vestido decentemente (homens e mulheres e crianças) com respeito máximo e humildade a quem se dirige como a Santa Igreja antigamente e hoje sempre ensinou.

Pode-se, porém, rezá-lo também sentado ou de pé — até mesmo deitado, em caso de enfermidade, muito cansaço ou outra causa proporcionada —, mesmo andando, mas evitando o quanto possível as distrações. Devemos criar condições ambientais para facilitar nossa concentração no que estamos fazendo.

Por isso Jesus levantava de madrugada para rezar. Subia as montanhas para buscar o silêncio. Saía das cidades para rezar. Muitos santos faziam isso.
Nós podemos nos fechar no quarto, no escritório ou nas Igrejas em qualquer lugar em que ajude a nos concentrar; tirar tempo para Deus.

Entretanto, a distração involuntária, mesmo freqüente, não invalida o valor da oração. Nunca se deve deixar de rezar o Terço por causa de distrações. Pelo contrário, se temos dificuldade de rezar com perfeição, rezemos ainda mais, para compensar um tanto pela quantidade o que faltou à qualidade. Nosso Senhor elogia no Evangelho a oração insistente.

O demônio inventará artifícios para nos distrair com bobagens, mas precisamos rejeitá-las e concentrar nossa atenção. Se fizermos esforços para rezar bem, ainda que não o consigamos inteiramente, isto já é agradável a Nossa Senhora.

Rezar com Fé.

Fé significa acreditar, ter confiança que algo se realizará, ter confiança no que estamos fazendo.
Quando rezamos (pedimos, agradecemos, louvamos) temos a CERTEZA ABSOLUTA que Deus com a Santíssima Virgem e todo os Céus está nos ouvindo e vendo tudo. Pode Deus por intercessão de Maria não nos conceder aquilo que pedimos, mas pode nos conceder outras graças que não as pedimos e que são mais importantes para nós naquele momento. Pode também não nos conceder quando desejamos, mas sim quando realmente necessitamos.
As vezes para testar nossa fé e perseverança pode demorar um pouco em nos atender, mas é de ABSOLUTA CERTEZA que nos atenderá, só não o sabemos quando; pode ser na hora ou mais adiante...
Devemos lembrar: rezamos todos os dias no Pai Nosso seja feita a TUA VONTADE...

“Quem reza se salva, quem não reza se condena”.

Que oração será a mais eficaz a fim de alcançar toda espécie de graças para nós, tão necessitados? E para a humanidade, tão depravada? Os Papas, os Santos e a Igreja em geral incentivam de todos os modos esta devoção, que a própria Medianeira de todas as graças nos ensinou.

Rezar o Santo Rosário é ser atendido com segurança, pois o Divino Filho de Maria Santíssima sempre ouve os rogos de sua Mãe. Boníssima Mãe nossa, que é também a Mãe do Juiz que nos julgará em nosso último dia. Assim sendo, nada melhor que termos como advogada Aquela que nos obterá toda espécie de graças para chegarmos bem diante do supremo Juiz.

Está portanto em nossas mãos a arma para a salvação, tanto nossa como deste caótico e desmoralizado mundo de hoje.

As Indulgências.

Devoção tão recomendada pelos Papas e tão aprovada pela Igreja, é o Rosário da Virgem Santíssima cumulado de indulgências.

Indulgência é uma remissão da pena temporal dos pecados. Com a confissão que fazemos de nossos pecados, somos perdoados de nossas culpas, mas permanecem as penas temporais devidas ao pecado.

O cumprimento da penitência imposta pelo sacerdote, após a absolvição, satisfaz parcialmente as penas temporais. Os sofrimentos que padecemos ajudam também a pagar tais penas. Contudo podem ainda aliviar as penas temporais as indulgências que a Igreja concede às almas em estado de graça, pelos méritos de Nosso Senhor e de Sua Santíssima Mãe e dos santos.

Mas as indulgências são concedidas, sob certas condições, por determinados atos de piedade. Um deles é a recitação do Rosário. Quando o rezamos em igreja, em oratório público ou em família, ou ainda em comunidade religiosa, lucramos uma indulgência plenária (libera no todo a pena temporal), e quando rezamos o Rosário em outras circunstâncias, lucramos indulgência parcial (libera em parte a pena).

Mesmo rezando apenas um Terço do Rosário podemos lucrar a indulgência plenária, mas as cinco dezenas devem ser recitadas (oração vocal) sem interrupção e meditando (oração mental) cada um dos cinco mistérios.

Nossa Senhora do Rosário, terror dos demônios.

Por imposição de Deus, o próprio demônio, em algumas circunstâncias, foi obrigado a confessar — muito a contragosto em alguns exorcismos... — que a Santíssima Virgem era sua maior inimiga, pois Ela conseguia salvar almas que estavam já em suas garras, praticamente condenadas ao inferno.
Nossa Senhora é o Terror dos demônios, Aquela que esmaga a cabeça da serpente infernal, como é representada em muitas de suas imagens – na Medalha Milagrosa, por exemplo. Em seu famosíssimo Tratado da Verdadeira Devoção, São Luís Maria Grignion de Montfort escreve: "Maria é a mais terrível inimiga que Deus armou contra o demônio”.
E, ainda nesse mesmo sentido: “Armai-vos, pois, com estas armas de Deus, armai-vos do santo Rosário e esmagareis a cabeça do demônio, e vivereis tranqüilos contra todas suas tentações. Daí vem que o Rosário, mesmo o objeto material, seja tão terrível ao diabo, que os Santos se tenham servido dele para encadear o demônio e expulsá-lo do corpo dos possessos, segundo testemunham várias histórias”.
De onde se vê que é excelente ter sempre consigo o Terço no bolso, durante o dia, e à noite ao pescoço ou sob o travesseiro.

Uma arma por excelência da vitória sobre o mal.

Depois da Santa Missa o Rosário é a arma secreta mais poderosa que Deus coloca nas mãos de seus fiéis soldados, na luta contra Satanás e seus sequazes que andam pelo mundo para perder as almas. Esta poderosíssima arma está à disposição de todos os católicos devotos do Rosário da Santíssima Virgem. Com ela receberemos proteção nos assaltos do demônio e estaremos prontos a enfrentar todas as dificuldades desta vida.

Quem nos garante isto é o próprio São Luís Grignion de Montfort:

“Ainda que vos encontrásseis à beira do abismo ou já tivésseis um pé no inferno; ainda que tivésseis vendido vossa alma ao diabo, ainda que fôsseis um herege endurecido e obstinado como um demônio, cedo ou tarde vos converteríeis e salvaríeis, desde que (vos repito, e notai as palavras e os termos de meu conselho) rezeis devotamente todos os dias o Santo Rosário até a morte, para conhecer a verdade e obter a contrição e o perdão de vossos pecados”.

Benefícios e graças que podemos conseguir rezando o Santo Rosário com a meditação dos mistérios:

> Eleva-nos insensivelmente ao perfeito conhecimento de Jesus Cristo;
> purifica nossas almas do pecado;
> permite-nos vencer a nossos inimigos;
> facilita-nos a prática das virtudes;
> abrasa-nos no amor de Jesus Cristo;
> habilita-nos a pagar nossas dívidas para com Deus e os homens;
> por fim, obtém-nos de Deus toda espécie de graças.

São Luís Grignion de Montfort
(Obras de San Luis Maria Grignion de Montfort, El secreto admirable del Santissimo Rosario, Biblioteca de Autores Cristianos, Madrid, 1954, p. 353).

As orações do Rosário.

Credo. (Creio)

“Creio em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador do Céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, JESUS CRISTO, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus. E se encarnou pelo ESPÍRITO SANTO, no seio da Virgem MARIA e se fez homem. Também por nós homens, foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras; e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do PAI. De novo há de vir em Sua Glória, para julgar os vivos e os mortos; e o Seu Reino não terá fim. Creio no ESPÍRITO SANTO, Senhor que dá a vida, e procede do PAI e do FILHO. Com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: ELE que falou pelos profetas. Creio na Igreja uma, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos, e a vida do mundo que há de vir. Amém.”

Pai-Nosso.

Pai nosso que estais no Céu, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Ave-Maria.

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus e nossa mãe, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Glória.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amém.

Ó meu bom Jesus... (oração ensinada na Aparição de Fátima - Portugal.)

Ó meu bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem.

Salve Rainha.

Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. E, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
Rogai por nós, Santa mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

Lembrai-Vos.

Lembrai-Vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à Vossa proteção, implorado a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, ó Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e gemendo sob o peso de meus pecados, me prostro a Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Assim seja. Amém.

OS 15 MISTÉRIOS DO SANTO ROSÁRIO

Para rezar o Rosário: Inicia-se com o sinal da Cruz; ato de contrição (pedido de perdão a Deus), uma invocação ao Divino Espírito Santo: "INDE, ESPÍRITO SANTO, VINDE POR MEIO DA PODEROSA INTERCESSÃO DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA, VOSSA AMADÍSSIMA ESPOSA". (3X), coloca-se as intenções por quem que é oferecido); reza-se o Creio...; 1 Pai Nosso 3 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai...; anuncia-se o Mistério e segue com 1 Pai Nosso e 10 Ave-Marias em cada, até completar os 15 Mistérios; termina com uma Salve Rainha. No final de cada Mistério reza-se a Jaculatória ensinada por Nossa Senhora em Fátima: "Ó meu Jesus, perdoai-nos livrai-nos do fogo do inferno, levai as alminhas todas para o céu, principalmente aquelas que mais precisarem".
A reza de cada dez Ave-Marias está acompanhada pela meditação do mistério respectivo.
Mistérios Gozosos

Segundas e Quintas :

Primeiro Mistério Gozoso: A Anunciação do Anjo Gabriel à Maria. (São Lucas 1:28)
Segundo Mistério Gozoso: A Visita de Maria à sua prima Isabel. (São Lucas 1:41,42)
Terceiro Mistério Gozoso: O Nascimento de Jesus (São Lucas 2:7)
Quarto Mistério Gozoso: A Apresentação do Menino Jesus no templo (São Lucas 2:22-23) Quinto Mistério Gozoso: O Encontro de Jesus no templo (São Lucas 2:46)

Mistérios Dolorosos

Terças e Sextas
Primeiro Mistério Doloroso: A Oração de Jesus no Horto (São Lucas 22:43-44)
Segundo Mistério Doloroso: A Flagelação de Jesus Cristo (São João 19:1)
Terceiro Mistério Doloroso: A Coroação de Espinhos (São Mateus 27:28-29)
Quarto Mistério Doloroso: Jesus Cristo leva a Cruz (São João19:17)
Quinto Mistério Doloroso: A Crucificação e Morte de N.S.J.C. (São Lucas 23:46)

Mistérios Gloriosos

Quartas, Sábados, e Domingos
Primeiro Mistério Glorioso: A Ressurreição de N.S.J.C, (São Marcos 16:6)
Segundo Mistério Glorioso: A Ascensão de Jesus Cristo ao Céu. (São Marcos 16:19)
Terceiro Mistério Glorioso: A Vinda do Divino Espírito Santo (Atos dos Apóstolos 2:4)
Quarto Mistério Glorioso: A Assunção da Virgem Maria (Judite 15:10-11)
Quinto Mistério Glorioso: A Coroação de Maria Santíssima (Apocalipse 12:1)

A Virgem Santíssima em Fátima e o pedido ao Santo Rosário.

Quando Lúcia perguntou à Santíssima Virgem, na aparição de 13 de outubro de 1917, em Fátima, o que desejava, Ela respondeu:

“Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra; que sou a Senhora do Rosário; que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias”.

“Rezar o Terço todos os dias” — Que conselho mais excelente que este? Que criatura mais elevada que a Virgem Santíssima poderia transmiti-lo? Sendo que a própria Mãe de Deus – e também nossa Mãe – nos faz esse pedido, como poderemos recusá-lo? Impossível seria! Atendendo-A, seremos atendidos e alcançaremos todas as graças que suplicarmos com fé e confiança.

Em várias outras aparições Nossa Senhora recomendou a devoção ao Rosário, mas especialmente em Fátima Ela insistiu nessa prática marial como meio para se obter a conversão do mundo.
Apresentando-se como a Senhora do Rosário, Ela veio alertar o mundo para os terríveis castigos que ocorreriam caso não se desse uma conversão geral; caso os homens não deixassem de ofender a Deus com seus pecados e não houvesse uma reparação por esses pecados.

Isto se passou no início do século XX. Neste início do século XXI, quem se atreveria a dizer que tais pedidos foram atendidos? Claro que ninguém! Basta olhar um pouco em torno de nós, para ver justamente o contrário: a decadência moral acentua-se dia a dia; os Mandamentos de Deus são abandonados; os pecados aumentam; as ofensas a Nosso Senhor tornam-se ainda mais agressivas. Basta abrir os jornais, para constatar a alarmante dissolução da família, as modas imorais, o nudismo, o aborto, a prostituição, as drogas, o homossexualismo etc.

Em vista disso, a Senhora de Fátima pede-nos “oração, penitência e reparação”. Insiste na recitação diária do Rosário, para a conversão das almas pecadoras e do mundo.