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NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

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CAPELA DE NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

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domingo, 31 de janeiro de 2010

VIDA CONSAGRADA: - UMA IMITAÇÃO RADICAL DE JESUS

PAPA SOBRE VIDA CONSAGRADA: "COM SEU RADICAL SEGUIMENTO DE CRISTO, INDICA CAMINHO DE DEUS AO MUNDO DESORIENTADO"


Cidade do Vaticano, 30 jan (RV)

- "Uma imitação radical de Jesus". É uma das muitas definições de Bento XVI à vida consagrada, que na próxima terça-feira, dia 2 de fevereiro – segundo a tradição nessa data – estará no centro da festa da Apresentação do Senhor.Diferentemente dos anos precedentes, na próxima terça-feira, na Basílica de São Pedro, não se terá a missa presidida pelo prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal Franc Rodé, mas a celebração das Vésperas presididas pelo papa – informa o Setor das Celebrações Pontifícias.Trata-se de uma liturgia em que, nas análogas ocasiões dos anos passados, Bento XVI se deteve sobre a vida consagrada com reflexões de profunda espiritualidade. Aproveitamos a proximidade da festa da Apresentação do Senhor para recordar algumas das mais significativas dessas reflexões:São chamados consagrados e como tantos outros escolheram seguir Cristo, mas talvez em ninguém como neles se colhe plenamente, de modo transparente, a sua figura. Mulheres e homens que um dia em suas vidas – por uma frase, um encontro, uma moção da alma – foram tomados pela força de um carisma e deixaram o afeto de uma família, anos de projetos pessoais, seguranças materiais, a procura de um lugar na sociedade para permitir àquela irresistível inspiração interior tornar-se família, projeto, bem e identidade.A sua história singular torna-se história da Igreja presente no mundo inteiro no tempo do seu chamado e torna-se uma pedra do grande mosaico construído pelo Evangelho em dois mil anos de carismas. Nas celebrações das Vésperas de 2 de fevereiro presididas durante seu pontificado, Bento XVI ilustrou com grande respeito e admiração as características da vida consagrada definindo-a como "um total seguimento" de Jesus:"De fato, como a vida de Jesus, na sua obediência e dedicação ao Pai, é parábola viva do "Deus conosco", assim a concreta dedicação das pessoas consagradas a Deus e aos irmãos torna-se sinal eloqüente da presença do Reino de Deus para o mundo de hoje." (2006)"Dom de luz", "caminho privilegiado". Muitas definições para uma escolha de vida que, para além das diferentes formas em que ela pode manifestar-se, requer – afirma o pontífice – uma mesma reação: uma "resposta sem reservas" ao chamado de Deus. Assim se dá – observa ainda o pontífice – que o "sinal de contradição" de vidas vividas integralmente para o Reino dos Céus, tão "em contraste com a lógica do mundo", revele ao mundo "verdades muitas vezes ignoradas":"Com o seu exemplo proclamam a um mundo muitas vezes desorientado, mas na realidade sempre mais em busca de um sentido, que Deus é o Senhor da existência. Escolhendo a obediência, a pobreza e a castidade para o Reino dos Céus, mostram que todo apego e amor às coisas e às pessoas é incapaz de saciar definitivamente o coração; que a existência terrena é uma espera mais ou menos longa do encontro "face a face" com o Esposo divino." (2007)E quando as "dificuldades da vida" e os "múltiplos desafios da época moderna" com o cansaço e o desencorajamento tornam opaca a limpidez de uma vocação religiosa, caros consagrados – disse o papa em 2007 – estejam certos de que, como a vida consagrada é um "dom divino", "é em primeiro lugar o Senhor a conduzi-la a bom fim segundo os seus projetos". E entre os muitos modelos aos quais é possível se inspirar, o Santo Padre indicou um, São Paulo:"Podemos dizer que ele pertence àquela fileira de "místicos construtores", cuja existência é, ao mesmo tempo, contemplativa e ativa, aberta a Deus e aos irmãos para prestar um serviço eficaz ao Evangelho." (2009) (RL)

NÃO SEPARAR CARIDADE E JUSTIÇA NOS PROCESSOS DE NULIDADE MATRIMONIAL

PAPA EXORTA ROTA ROMANA A "NÃO SEPARAR CARIDADE E JUSTIÇA NOS PROCESSOS DE NULIDADE MATRIMONIAL"

Cidade do Vaticano,

- Sentenciar a nulidade de um matrimônio sem respeitar a objetividade do Sacramento, apenas para a satisfação subjetiva dos solicitantes que se encontram numa posição de irregularidade, significa instrumentalizar a verdade e a justiça e manifestar um equivocado sentido de caridade.
Com clareza, Bento XVI dirigiu-se em audiência aos membros do Tribunal da Rota Romana, recebidos na Sala Clementina, no Vaticano, para o início do Ano judiciário.
O Santo Padre afirmou que solicitude e tempestividade jamais devem ser entendidos em detrimento da "indissolubilidade" do vínculo matrimonial.O pontífice ressaltou que o matrimônio "goza do favor do direito":"Portanto, em caso de dúvida, ele deve ser considerado válido até que se prove o contrário.
Do contrário, corre-se o risco de permanecer sem um ponto de referência objetivo para os pronunciamentos acerca da nulidade, transformando toda dificuldade conjugal num sintoma de falta de vivência de uma união cujo núcleo essencial de justiça - o vínculo indissolúvel – é, de fato, negado."Bento XVI expôs a sua reflexão sobre a relação justiça, caridade e verdade, chamando em causa algumas das afirmações mais pertinentes contidas em sua encíclica Caritas in veritate. É necessário levar em consideração - observou – a difusa e radicada tendência, embora nem sempre manifesta, que leva a contrapor a justiça à caridade, quase como se uma excluísse a outra:"Nesta linha, referindo-se mais especificadamente à vida da Igreja, alguns consideram que a caridade pastoral poderia justificar todo passo rumo à declaração da nulidade do vínculo matrimonial para ir ao encontro das pessoas que se apresentam em situação matrimonial irregular. A própria verdade, embora invocada em palavras, tenderia assim a ser vista numa ótica instrumental, que se adaptaria em cada situação às diversas exigências que se apresentam.
"O pontífice estigmatizou que esse modo errado de proceder subjaz naquela mentalidade – presente, ressaltou, também dentro da Igreja – que por vezes subestima o Direito Canônico "como se ele – observou – fosse um mero instrumento técnico a serviço de qualquer interesse subjetivo, não fundado na verdade". Vice-versa, somente se a justiça e a verdade sobre o matrimônio cristão são corretamente entendidos, é possível compreender o lugar que cabe à caridade no juízo.
Bento XVI reiterou que a ação de quem administra a justiça "não pode prescindir da caridade", a partir daquela "devida tempestividade" à qual exorta o artigo 72 da Instrução Dignitas Connubii, segundo o qual "salva a justiça", todas as causas devem se prolongar por "não mais de um ano no tribunal de primeira instância", e por "não mais de seis meses" no tribunal de segunda instância. Ademais – observou ainda o papa – não se deve deixar de lado o esforço para instaurar entre as partes um clima de disponibilidade humana e cristã, fundada na busca da verdade. (RL)

Fonte: RV

sábado, 30 de janeiro de 2010

HÁ NECESSIDADE DE RESPOSTAS NOVAS E CRIATIVAS AOS PROBLEMAS ATUAIS

É urgente propor valores aos jovens, afirma Papa
Há necessidade de respostas novas e criativas aos problemas atuais, afirma
Por Inma Álvarez

CIDADE DO VATICANO,

O Papa Bento XVI convidou os membros das Academias Pontifícias a oferecer respostas adequadas e criativas aos problemas apresentados pela cultura contemporânea, recorrendo sempre às “riquezas da tradição cristã”.
Em particular, é necessário “oferecer valores” às jovens gerações, em uma sociedade dominada pelo relativismo e subjetivismo.
O pontífice recebeu hoje, em audiência, os membros das Academias Pontifícias de S. Tomás de Aquino, de Teologia, de Arqueologia, da Imaculada, de Belas Artes, Cultorum martyrum, e a Academia Mariana, durante sua tradicional sessão pública anual.
Recordando que hoje se celebra, precisamente, a memória de S. Tomás de Aquino – a cujo pensamento está dedicada toda uma Academia –, Bento XVI convidou os membros e especialistas das Academias a “confiar na possibilidade da razão humana”, mantendo a fidelidade ao “depósito da fé” na hora de enfrentar as questões apresentadas pelo diálogo com as culturas.
“É necessário que as Academias Pontifícias sejam, hoje mais que nunca, instituições vitais e vivazes, capazes de perceber agudamente tanto as perguntas da sociedade e das culturas como as necessidades e expectativas da Igreja”, afirmou.
O objetivo do trabalho das Academias Pontifícias deve ser, explicou o Papa, “promover, com todas as energias e meios disponíveis, um autêntico humanismo cristão”.
“A cultura contemporânea, e mais ainda os próprios crentes, solicitam continuamente a reflexão e ação da Igreja nos vários âmbitos em que emergem novas problemáticas e que constituem também setores nos quais trabalhais.”
Estes setores são, explicou o Papa, “a busca filosófica e teológica; a reflexão sobre a figura da Virgem Maria; o estudo da história, dos monumentos, dos testemunhos recebidos em herança das primeiras gerações cristãs, a começar pelos mártires; o delicado e importante diálogo entre fé cristã e a criatividade artística”.
Neste sentido, convidou os acadêmicos a “oferecer uma contribuição qualificada, competente e apaixonada, para que toda a Igreja, e em particular a Santa Sé, possa dispor de ocasiões, de linguagens e de meios adequados para dialogar com as culturas contemporâneas”.
Com isso, a Igreja poderá responder “eficazmente às questões e aos desafios que a interpelam nos vários âmbitos do saber e da experiência humana”.
Jovens
Em particular, o Papa mostrou sua preocupação pelos jovens, cuja formação se vê afetada pela perda de valores nas sociedades ocidentais.
“Como afirmei muitas vezes, a cultura de hoje ressente-se profundamente, não só de uma visão dominada pelo relativismo e pelo subjetivismo, mas também de métodos e atitudes por vezes superficiais e até mesmo banais.”
Esta superficialidade prejudica “a seriedade da investigação e da reflexão e, portanto, também do diálogo, do confronto e da comunicação interpessoal”.
Portanto, o Papa afirma que é necessário “recriar as condições essenciais para uma real capacidade de aprofundamento no estudo e na investigação, para que se dialogue de modo racional e as pessoas se confrontem eficazmente sobre as diferentes problemáticas, na perspectiva de um crescimento comum e de uma formação que promova o homem na sua integralidade e completude”.
Esta “carência de pontos de referência ideais e morais” afeta “convivência civil e sobretudo a formação das gerações jovens”, advertiu.
Neste sentido, afirmou que é necessário realizar “uma oferta ideal e prática de valores e de verdade, de fortes razões de vida e de esperança, que possa e deva interessar a todos, sobretudo aos jovens”.

Fonte: ZENIT.org

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

DEUS É A NOSSA VOZ MATERNA

A ALEGRIA QUE VEM DA ESCUTA DA PALAVRA



Cidade do Vaticano, 29 jan (RV)


- A criancinha conhece de longe a voz da mãe. Às vezes, ela chora para a mãe acudir e ela escutar a sua voz. A palavra da mãe é um remédio para ela. Cessa a tristeza, cessa a dor. A mãe está com ela. Isto lhe traz segurança e a certeza de que tudo está ou vai ficar bem.Nós também somos assim com relação a nossos amigos, a um parente mais próximo, a quem amamos. Através de uma carta, de um telefonema, de um e-mail e melhor ainda, de uma visita de alguma pessoa querida, sentimo-nos alegres, satisfeitos. É bom ouvir uma palavra amiga, um gesto de conforto. Às vezes, um simples cumprimento nos faz felizes. Deus é a nossa voz materna, e como as criancinhas, também precisamos ouvir a sua voz. Sua Palavra nos traz a proteção de um Pai, o carinho de uma Mãe, o conforto de um Amigo. A sua Palavra é pura ternura.Ele nos amou primeiro. Colocou o homem no paraíso onde ele tinha tudo maravilhosamente criado para que ele se sentisse bem.Quando nossos primeiros pais não corresponderam à Palavra de Deus, ao seu amor sem medidas, Ele, ao invés de se zangar, ficou mandando mensagens de misericórdia e amor para a humanidade.De início, Ele falou através dos profetas que foram anotando tudo para a posteridade. Na plenitude dos tempos, Ele enviou seu próprio Filho, a sua Palavra, o Verbo que se encarnou e viveu entre nós de modo a nos mostrar que o Pai nos ama e que nos fará um bem enorme escutar o que Ele nos diz.Nosso Senhor Jesus Cristo é a Palavra. Jesus é a ponte por onde podemos escutar o Pai e falar com Ele.Os judeus foram o povo escolhido e Jesus advertia: "Quem tem ouvidos de ouvir, ouça".Muitas vezes temos bons ouvidos e não queremos ouvir. E perdemos a grande oportunidade de aclarar nossos ouvidos e nossa mente.Os judeus conviveram com Ele, mas não o conheceram. Ele veio humilde e pobre para mostrar que a riqueza material é passageira e não perene como a riqueza da alma.Felizmente, alguns judeus O escutaram e anotaram para nós passagens de suas lições. A Palavra de Deus é toda impregnada de amor. Quem a escreveu, ainda que seja homem simples, foi inspirado pelo Espírito Santo. Assim nos veio a Bíblia, a história do amor de Deus para conosco. Com ela, temos a chave para abrir as portas do conhecimento de sua ação no mundo.Ele nos fala pela Bíblia, Ele nos fala pelos acontecimentos, Ele nos fala pela nossa vida, Ele nos fala através das pessoas. Constantemente, Ele nos fala.E nós nos lembramos d'Ele somente quando enfrentamos alguma dificuldade e pedimos socorro. Pior ainda: há quem passe por uma dificuldade e considere que Deus lhe enviou o problema. Imagina que tudo o que lhe ocorre de mal é castigo de Deus.No entanto, sua Palavra é mansa, agradável de ouvir, relaxante, saudável. Só nos traz o bem, a paz. Até nas repreensões, Ele é doce e brando. Tão brando, tão doce, que o Filho suportou tudo, por amor à humanidade e, no momento crucial de seu sofrimento, Ele, mansamente nos diz: "Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração. E encontrareis descanso para vossas almas, pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve".E por que o seu fardo tão doloroso é leve? Porque Ele fez por amor.Muitas vezes não valorizamos, na Bíblia, sua fonte inesgotável de sabedoria, de santidade e de compreensão dos mistérios. E estamos perdendo o melhor de nossa vida, porque a escuta da Palavra de Deus nos reconforta nas dificuldades, nos anima, torna-se presente em todos os nossos momentos. Podemos experimentar freqüentemente a alegria, uma alegria que vem da abertura do nosso coração para escutar a Palavra de Deus.O sol é a luz natural que Deus criou para nós. Mostra-nos as cores e o esplendor da natureza. Mostra-nos também o rosto e a vida das pessoas, dos nossos semelhantes.A Palavra de Deus é um sol maior e mais potente. Não tem ocaso.Que a luz da Palavra inspirada e revelada pelo Espírito Santo brilhe em nossa vida, assim como o sol que ilumina o dia.
Padre Wagner Augusto Portugal


Fonte: RV

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

ATIBAIA - LINDA E HISTÓRICA CIDADE, TAMBÉM SOFRE COM AS CONSTANTES CHUVAS DE JANEIRO

Igreja Nossa Senhora do Rosário
- A construção da Igreja do Rosário de Atibaia foi iniciada em 1763 pelos escravos, por terem sido impedidos de freqüentar a igreja tradicional da cidade, a Igreja São João Batista (Igreja Matriz). - Atibaia - S.P. Brasil

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Chuvas elevam nível das represas que abastecem SP

Altar da Igreja Matriz (São João Batista) de Atibaia - Sec. XVIII - Atibaia - S.P. - Brasil

Em Atibaia, 15 bairros e 900 famílias foram atingidos pela água, 200 delas estão na casa de parentes ou em abrigos da prefeitura. Até contêineres servem agora como moradia.
As chuvas elevaram o nível das represas que abastecem São Paulo. Duas já ultrapassaram o limite da capacidade e moradores estão sendo transferidos.
Sair de bote de casa foi a única opção para Dona Maria. Ela levou os pertences da mudança forçada. "Estou indo para a casa da minha mãe ", diz a mulher.

Os municípios que sofrem com as enchentes ficam no entorno do Sistema Cantareira: um conjunto de cinco represas que abastecem a Grande São Paulo e são gerenciadas pela Sabesp, a companhia de saneamento básico do estado. Desses reservatórios, dois já passaram do limite da capacidade e outro está com 95%.

Quando o reservatório chega ao limite, o excesso de água começa a sair por uma tulipa, que é como um funil e funciona como um ladrão de caixa d’água. A partir daí, a Sabesp não tem o controle do volume despejado nos rios da região.

O risco já era conhecido. Em setembro foi feito um simulado, mas só em dezembro, eles começaram a aumentar a vazão de água.

“Para você esvaziar e esperar um volume de cheia que pode não vir e depois faltar água para todo mundo, como aconteceu nos últimos oito anos, a situação poderia se agravar”, declarou Carlos Roberto Dardis, gerente de recursos hídricos da Sabesp.

ENTENDA O SISTEMA CANTAREIRA

A quantidade de chuva ocorrida em dezembro de 2009 e nos primeiros dias de janeiro é excepcional e, em um dos casos (represa Jaguari) é a maior ocorrida nos últimos 70 anos. O caso mais significativo é o das represas Atibainha e Cachoeira que, na manhã de ontem recebiam 70 m por segundo de água dos rios que as formam e retinham cerca de 75% desse volume de água, deixando passar apenas 18 m por segundo para o Rio Atibaia.


Reservatório Atibainha atinge volume recorde em 40 anos

No dia 27 de novembro de 2003, o Sistema Cantareira atingiu o nível alarmante de 0,9% de sua capacidade de armazenamento e colocou em risco o abastecimento de 10 milhões de pessoas na Grande São Paulo e no interior. Ontem, passados mais de seis anos, a força das chuvas inverteu a situação. O Reservatório Atibainha atingiu 101% - recorde em 40 anos -, agravando as cheias que já inundam bairros em Atibaia, Piracaia, Bom Jesus dos Perdões e Bragança Paulista. Prefeitos que reclamavam da seca agora pedem o fechamento imediato dos vertedouros das barragens.


Subiu para 900 o número de famílias afetadas pelos alagamentos em Atibaia, no interior de São Paulo, segundo informações da Defesa Civil municipal desta quarta-feira, 27.

Mesmo sem chuvas, na madrugada de ontem, o Rio Atibaia subiu mais meio metro, segundo funcionários da Defesa Civil Municipal que trabalhavam no socorro às famílias ilhadas. A água segue subindo desde segunda-feira, por causa do aumento de vazão do reservatório. Do dia 17 até ontem, foram bombeados cerca de 100 milhões de metros cúbicos de água excedentes para os mananciais do interior. Como o reservatório está cheio, a água sai pela tulipa em direção aos mananciais que recortam as cidades inundadas.
A Companhia do Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), porém, informou que a barragem não corre o risco de romper, o que poderia alagar cidades inteiras. "Não existe trinca, não existe risco algum de a estrutura ceder. O que aconteceu é que as chuvas fortes encheram os reservatórios, que estão no limite de sua capacidade", afirmou o gerente de Recursos Hídricos, Carlos Roberto Dardes. Ele disse que o Reservatório Jaguari-Jacareí e a Represa do Rio Cachoeira também chegaram a 100%. Em janeiro do ano passado, o nível médio de armazenamento desses reservatórios era de 57,4%. O governo estadual está bombeando água desses reservatórios lotados para o Paiva Castro, em Mairiporã, cuja capacidade está em menos de 50%.
Os prefeitos da região e a Defesa Civil Estadual montaram desde segunda-feira uma força-tarefa para remover as famílias desalojadas para três abrigos na cidade de Atibaia. Mais de mil refeições são distribuídas por dia. Foram montados alojamentos em contêineres. Dois ginásios estão lotados. "Não existe caos. Só 3% ou 4% da cidade está sofrendo com as enchentes. E essa população ribeirinha vai voltar quando a água baixar. Para quem ficou sem casa estamos buscando terrenos para construir moradias populares", disse o vice-prefeito de Atibaia, Ricardo dos Santos Antonio.
O prefeito de Atibaia, José Denig (PV), passou os últimos dois dias em Itupeva e em São Paulo, onde participou de reuniões da Associação Paulista de Cidades Estâncias. Denig não participou da entrevista coletiva com coordenadores da Sabesp e da Defesa Civil Estadual. "Mas ele esteve nas áreas alagadas hoje (ontem) pela manhã", disse Antonio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sabesp alerta Atibaia-SP sobre risco de mais enchentes

Represa de Nazaré Paulista está com 99% de sua capacidade; cheias já atingiram 3,2 mil pessoas

SÃO PAULO - A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou o prefeito de Atibaia, José Bernardo Denig (PV), na noite de ontem, que o volume da represa de Nazaré Paulista está prestes a chegar à "tulipa", um compartimento de segurança que serve para extravasar o excesso de água do reservatório. De acordo com a Prefeitura, se isso ocorrer há risco de a água do Rio Atibaia subir ainda mais e, inclusive, chegar a bairros ainda não atingidos pelas enchentes.Representantes da Sabesp e do Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí se reuniram hoje com o prefeito para definir um plano de ação, caso o nível da represa suba.
A Defesa Civil da cidade começou a alertar a população das áreas mais suscetíveis a enchentes."Estamos pedindo para que as pessoas fiquem atentas e saiam de casa em caso de chuva forte", afirmou Paulo Catta Preta, coordenador da Defesa Civil local. Para conter a elevação do nível da represa, a Sabesp está bombeando água da reservatório Nazaré para o Paiva Castro, em Mairiporã. Ontem, o nível da represa Nazaré chegava a 99% da capacidade do reservatório. A água está a 1,5 centímetro de alcançar a tulipa.Se o volume da represa atingir a tulipa, a Sabesp não terá mais o controle da vazão, o que dificulta a avaliação do impacto do avanço da água nas cidades envolvidas. Não há como prever onde a água pode chegar numa enchente de maiores proporções, disse Catta Preta.Há diversas regiões críticas em Atibaia. Até o momento foram registrados alagamentos no Parque das Nações, Caetetuba, Jardim Kanimar, 3º Centenário, Ponte, CTB, Jardim Sueli, Vila Mira, Estoril e Parque Real. Nestes locais, o risco de a enchente se agravar é grande. No entanto, outros bairros próximos à região de várzea podem ser atingidos, caso as chuvas continuem e a represa despeje um volume ainda maior no Rio Atibaia.Cerca de 3.200 pessoas foram atingidas pelas enchentes em Atibaia neste início de ano. Há 40 famílias desalojadas (que foram para a casa de parentes), 65 desabrigadas e que estão em abrigos provisórios da Prefeitura e mais 36 deslocadas (mudaram-se para outros locais). A Defesa Civil está preparando o ginásio de esportes da cidade para o caso de um aumento no número de desabrigados.

Fontes: Jornal Flripa, G1, estadao.com.br,

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

CRISTÃOS DEVEM DAR TESTEMUNHO COMUM

PAPA NA BASÍLICA DE SÃO PAULO: CRISTÃOS DEVEM DAR TESTEMUNHO COMUM


Cidade do Vaticano, 25 jan (RV)

- Bento XVI presidiu na tarde desta segunda-feira, as II Vésperas da Solenidade da Conversão de São Paulo, na Basílica de São Paulo "fora dos muros", em Roma.
Todos os anos, nesta data, o papa preside o encerramento da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, celebrada no hemisfério norte, este ano, de 18 a 25 de janeiro.
A celebração ecumênica contou com a presença de representantes de outras confissões cristãs e comunidades eclesiais.
No Brasil a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é celebrada entre a Ascensão do Senhor e a Solenidade de Pentecostes, portanto, de 16 a 23 de maio próximo.
Voltando ao evento de hoje, o papa sublinhou em sua homilia que se passaram muitos meses da conclusão do Ano Paulino que nos deu a possibilidade de aprofundar a extraordinária obra de pregação do Evangelho realizada pelo Apóstolo dos Gentios.
O pontífice frisou ainda que o tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que este ano tem como tema "Vós sois as testemunhas destas coisas" (Lc 24, 48) nos recorda o chamado a ser missionários do Evangelho.
O encontro entre o Apóstolo Paulo e Jesus no caminho de Damasco, é o início de uma incansável atividade missionária, na qual o apóstolo empregará todas as suas energias para anunciar a todos os povos aquele Cristo que ele encontrou pessoalmente.
O papa frisou ainda que o tema "Vós sois as testemunhas destas coisas" recorda a Conferência Missionária de Edimburgo, realizada em junho de 1910.
Durante essa conferência mais de mil expoentes do protestantismo e do anglicanismo se reuniram nessa cidade escocesa para refletir sobre a necessidade de buscar a unidade dos cristãos a fim de tornar mais eficaz e crível o anúncio do Evangelho.
"Um século depois do evento de Edimburgo, a intuição daqueles corajosos precursores é ainda atual. Num mundo marcado pela indiferença religiosa e por uma crescente aversão à fé cristã, é necessária uma nova e intensa atividade de evangelização, não somente entre os povos que nunca conheceram o Evangelho, mas também naqueles em que o Cristianismo se difundiu e faz parte de sua história" – frisou o papa.
O Santo Padre sublinhou que "enquanto caminhamos rumo à plena comunhão, somos chamados a dar um testemunho comum diante dos desafios sempre mais complexos de nosso tempo, como a secularização e a indiferença, o relativismo, o diálogo com outras confissões religiosas, mas também a salvaguarda da Criação, a promoção do bem comum e da paz, a defesa da dignidade da pessoa humana, a luta contra as misérias de nosso tempo, como a fome, a indigência, o analfabetismo e a má distribuição das riquezas".
"Cada um de nós é chamado a dar sua contribuição em favor da comunhão plena entre todos os discípulos de Cristo. A força que promove a unidade e a missão dos cristãos surge do encontro com Cristo Ressuscitado" – concluiu o papa. (MJ)

Fonte: RV

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

ESTE SIM "È O CARA", ELE É HERODES

CNBB chama Lula de novo Herodes que na Bíblia “ordenou a matança de criancinhas”

Herodes, aquele que, segundo a Bíblia, ordenou a "matança dos inocentes", é como a Igreja Católica agora denomina o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em panfleto distribuído em São Paulo contra pontos dos quais discorda no 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, lançado em dezembro pelo governo.
No livro de São Mateus, Herodes ordena o extermínio de todas as crianças menores de dois anos em Belém, na Judeia, para não perder seu trono àquele anunciado como o recém-nascido rei dos judeus, Jesus Cristo.
Para a igreja, o "novo Herodes" autorizará o mesmo extermínio anunciando-se a favor da descriminalização do aborto.
No panfleto, intitulado "Presente de Natal do presidente Lula", a Comissão Regional em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), contesta este e outros pontos do já polêmico plano.
"Herodes mandou matar algumas dezenas de recém-nascidos (Mt 2,16). Com esse decreto, Lula permitirá o massacre de centenas de milhares ou até de milhões de crianças no seio da mãe!", incita o documento.Segundo Dom José Benedito Simão, presidente da comissão e bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo, a igreja não é contra o plano em sua totalidade, mas considera que quatro deles "agridem" os direitos humanos.
Além da questão do aborto, são eles: união civil entre pessoas do mesmo sexo, direito de adoção por casais homoafetivos e a proibição da ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União.
"Não é uma campanha contra o projeto, mas alguns pontos em que acreditamos que ele agride e extrapola os direitos humanos e o direito à vida", critica Dom Simão.
"O que nós contestamos é a falta de sensibilidade desse decreto, que funciona como um projeto, e não ajuda em nada ao Estado Democrático de Direito em que queremos viver. Não queremos cair em outra ditadura.
Esse decreto é arbitrário e antidemocrático", completa. Segundo Dom Simão, que também é bispo da Diocese de Assis, no interior de São Paulo, a intenção é ampliar a distribuição e divulgação do panfleto em todas as cidades do Estado e também pela internet.
"Ele [o plano] não está a favor do Brasil. Agora vem o presidente dizer que não sabia, que assinou sem ler? Como vai assinar se não leu?" Sobre a questão da retirada dos crucifixos, o bispo defende que não somente os símbolos da Igreja Católica estejam presentes, como também o de outras religiões.
"Nós não queremos que retire, queremos é que se coloquem mais símbolos ainda. A igreja sempre defendeu os direitos humanos e vai apoiar o governo em tudo o que for a favor da vida. Mas esse plano tem que ser revisto sim. O governo só reviu a questão dos militares, mas nesses quesitos não está querendo rever.
Que princípios o governo quer defender com esse projeto?" A CNBB nacional também criticou os mesmos pontos no programa, por meio de nota oficial. Mas sua assessoria de imprensa disse desconhecer a distribuição do panfleto, alegando que o regional tem autonomia para determinadas ações, que não precisam passar pelo seu crivo. A assessoria informou ainda que a CNBB nacional não irá se manifestar sobre o panfleto.
O Regional Sul 1 também informou que a comissão tem autonomia e que o panfleto não precisaria ser aprovado pelo presidente da sede para ser distribuído.
O regional coordena oito subregionais: Aparecida, Botucatu, Campinas, Ribeirão Preto 1, Ribeirão Preto 2, São Paulo 1, São Paulo 2 e Sorocaba, cada uma delas englobando pelo menos quatro cidades do Estado. O UOL Notícias entrou em contato com a Presidência da República.
A assessoria de imprensa informou que o governo não irá se pronunciar. Em busca de direitos A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), que congrega 220 organizações congêneres, apoia o programa de direitos humanos. Em nota oficial, o presidente da entidade, Toni Reis, afirma que a associação participou da elaboração e defende que "os direitos sexuais de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais são direitos humanos e, por isso, direitos fundamentais a serem respeitados em uma sociedade democrática". Atualmente, o aborto é considerado crime no Brasil, exceto em duas situações: gravidez decorrente de estupro e quando há risco de morte à mãe.
No Código Penal, o aborto é enquadrado como crime contra a vida, com penas que variam de um a 10 anos de prisão.O casamento homossexual também não é permitido, mas a união civil entre pessoas do mesmo sexo está em vias de ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal. A adoção por casais homoafetivos ocorre, mas é rara.
Faz parte de uma jurisprudência ainda minoritária, formada por decisões favoráveis em primeira instância com base no direito constitucional à família.
O polêmico plano Aprovado em dezembro, o PNDH-3 traça recomendações ao Legislativo para a futura elaboração de leis orientadas a casos que envolvam os direitos humanos no país. Um dos pontos mais controversos prevê a criação de uma Comissão da Verdade, para investigar casos de violação de direitos humanos durante a ditadura militar.
A medida gerou desentendimentos entre militares e a pasta de direitos humanos, e culminou em uma alteração no plano, assinada por Lula no último dia 14, suprimindo a expressão "repressão política", para englobar qualquer conflito no período.
A mudança não encerrou a discussão, já que outras polêmicas foram mantidas, como a tentativa de controle da imprensa e a não repreensão às invasões de terra, alvos de críticas de entidades como a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
Em nota, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, que elaborou o programa, diz que ele incorpora propostas aprovadas em cerca de 50 conferências nacionais, realizadas desde 2003, e que sua versão preliminar esteve disponível durante 2009 para sugestões e críticas.

Fonte: Clickpb

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

HAITI, ONU ALERTA: CRIANÇAS CORREM ALTOS RISCOS

Nova York (RV)


- Segundo o Comitê da ONU sobre os Direitos das Crianças, meninos e meninasdo Haiti seriam quase metade da população do país, por isso acesso à água limpa e cuidados de higiene são considerados vitais. O Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos das Crianças afirmou que está profundamente preocupado com os possíveis efeitos devastadores do terremoto que atingiu o Haiti sobre os meninos e meninas do país.Em comunicado emitido ontem, segunda-feira, o Comitê fez um apelo para que todos os envolvidos na ajuda humanitária prestem atenção especial à vulnerabilidade das crianças que sobreviveram ao desastre.O órgão diz que elas vão enfrentar muitos perigos adicionais, pois são as mais afetadas por catástrofes.Segundo o Comitê, as necessidades especiais e os direitos das crianças devem ser levados em conta durante a distribuição de alimentos.O órgão, que está reunido em sessão em Genebra, ressalta ainda que está alarmado com notícias de saques no Haiti, e que as crianças precisam ser protegidas de todas as formas de violência e exploração, incluindo abuso sexual.Os dezoito membros do Comitê também alertam para os milhares de meninos e meninas que foram separados das famílias após o terremoto: “é fundamental que eles sejam identificados assim que possível”.Neste sentido, o Unicef começou a visitar hospitais e praças onde se encontra a população desabrigada de Porto Príncipe, Haiti, para tentar identificar menores que foram separados de seus familiares em seguida ao tremor. A representante do Unicef na América Latina e no Caribe, Tamara Hahn, destacou que depois dos desastres registrados no país, as crianças são a parcela mais vulnerável da população, devido ao alto risco de tráfico ilegal de menores órfãos.Segundo Tamara, embora não haja cifras exatas de todos os menores desamparados, serão criados centros de recepção seguros para as crianças que perderam os pais, onde serão oferecidos tratamentos psicológico e médico.O Fundo das Nações Unidas para a Infância enfatizou também a necessidade de doações de roupas e comidas para os menores. (ONU - CM)


Fonte: RV

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

PAPA BENTO XVI VISITA A COMUNIDADE JUDAICA DE ROMA

VISITA DO PAPA À SINAGOGA: BOAS INTENÇÕES E EMOÇÃO

Cidade do Vaticano, 19 jan (RV)

- Bento XVI definiu sua visita à comunidade judaica de Roma como um ‘momento de graça’, e hoje, o L’Osservatore Romano concorda: “realmente o foi”. Notamos a emoção do papa ao homenagear os deportados no Holocausto e as vítimas do terrorismo anti-semita, vimos as lágrimas dos que sofreram suas conseqüências, constatamos o orgulho e a alegria dos velhos judeus romanos ao apertar a mão do bispo de sua cidade; ouvimos os cantos entoados no Templo Maior, diante de representantes judeus de Israel e de todo o mundo, e os aplausos, que por 9 vezes interromperam o discurso de Bento XVI.“O encontro de Bento XVI com a comunidade judaica demonstrou a intenção comum de enfrentar e resolver os problemas que existem, reforçando o caminho do diálogo”. Segundo o Cardeal Walter Kasper, presidente da Comissão vaticana para as relações religiosas com o judaísmo, as duas partes confirmaram sua determinação de prosseguir o diálogo, não apenas no sentido acadêmico, mas também como intercâmbio de valores. Para o cardeal alemão, foi muito importante o que o papa disse sobre a ‘herança comum’ dos Dez Mandamentos: que eles são um ‘código ético’ para toda a humanidade. Admitindo que existem ainda diferenças e problemas concretos a superar, Dom Kasper ressalva que eles podem ser resolvidos hoje num contexto de amizade, sem hostilidades. “A visita construiu confiança e amizade, e podemos prosseguir assim, pois este diálogo é um sinal importante de que mesmo depois de um longo período de contrastes, pode-se recomeçar”. Para o diretor do L’Osservatore Romano, Giovanni Maria Vian, apesar de ter sido precedida por polêmicas, a visita ‘demonstrou que a vontade de enfrentar as questões abertas é comum e firme’. Em um editorial, Vian descreve os contrastes como a beatificação de Pio XII como ‘fruto de enfatizações da imprensa’, de ‘operações irresponsáveis’ e ‘sem alguma consistência real’. Em relação ao ‘nó’ sobre Pio XII, segundo Vian, ‘nem a abertura de todos os arquivos levará a um acordo sobre seu comportamento diante do Holocausto, porque interpretações históricas serão sempre possíveis e legítimas. Para o jornalista, o encontro de domingo foi importante por ter sido mais um passo no caminho comum de judeus e católicos, mas mais ainda, porque foram ‘corajosos e francos’ ao admitirem suas dificuldades. Grandes especialistas de hebraísmo, como o prior do mosteiro de São Gregório, em Roma, propuseram ‘institucionalizar’ a visita dos pontífices à Sinagoga de Roma logo após sua eleição, como um ‘sinal de resguardo’ com os ‘irmãos mais velhos’. Ontem enquanto abriam-se os trabalhos da Comissão mista para o diálogo católico-judaico, o papa recebia, no Vaticano, Jacob Neusner, rabino norte-americano com o qual é muito ligado por laços de amizade, tanto que o citou em seu livro ‘Jesus de Nazaré’, no capítulo dedicado ao Sermão da Montanha. (CM)

Fonte: RV

domingo, 17 de janeiro de 2010

BRASIL E PORTUGAL UNIDOS POR AJUDA AO HAITI

BRASIL E PORTUGAL: CATÓLICOS SE MOBILIZAM PARA AJUDAR O HAITI

Roma,

– Preocupados com a situação no Haiti, católicos de Brasil e Portugal se mobilizam de forma concreta para ajudar as vítimas do terremoto. A iniciativa da Cáritas Portuguesa foi, de forma imediata, disponibilizar 5 mil euros à Cáritas do Haiti e criar uma campanha de solidariedade. Segundo comunicado, “o devastador sismo está mobilizando a comunidade internacional e obriga-nos a fazer desta tragédia um inequívoco gesto de solidariedade”. A organização espera, tendo em vista as campanhas realizadas anteriormente, que “o povo dê uma resposta ampla, generosa e inequívoca nesta hora de dor dos irmãos que vivem naquele país do Caribe”.Diante do grau de devastação e pobreza no Haiti, a Cáritas destaca que “por muito pouco que possamos dar, essa será, certamente, uma generosa contribuição”.Em Portugal, o donativo pode-se enviar por meio da conta “Cáritas Ajuda Haiti”, com o NIB 003506970063000753053 da Caixa Geral de Depósitos. Na internet: http://www.caritas.pt. No Brasil, a página da Cáritas é: http://www.caritas.org.br.No Brasil, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) também decidiu proceder para o envio de uma primeira ajuda de emergência ao Haiti, logo que seja possível contatar os bispos e o núncio apostólico no país. Para doar, pode-se acessar a página da AIS: http://www.aisbrasil.org.br. Para quem vive em Portugal, a seção portuguesa da organização católica aderiu à iniciativa e recebe doações pela: www.fundacao-ais.pt.As arquidioceses brasileiras do mesmo modo iniciaram suas campanhas. Em uma carta da Chancelaria do Arcebispado de São Paulo, Dom Odilo Scherer, conclamou “a todos, vigários episcopais, presbíteros, religiosos, leigos e pessoas de boa vontade, a um grande mutirão para uma oferta em dinheiro a ser enviada aos nossos irmãos deste vizinho país”.A contribuição pode ser entregue nas paróquias, nas regiões episcopais. Depositadas na conta da Cáritas arquidiocesana: Banco Itaú, Agência 0057, Conta Corrente 17.627-3. Ou na internet: http://www.arquidiocese-sp.org.br.Já na arquidiocese de Belo Horizonte, a ajuda será canalizada por meio do Vicariato de Ação Social e Política e as paróquias. Pode-se contribuir em: Banco do Brasil, Agência 3494-0, Conta Corrente 24847-9, em nome do Vicariato. Na internet: www.arquidiocesebh.org.br. (LC)


Fonte: RV

sábado, 16 de janeiro de 2010

BRASIL INTEIRO ESTÁ DE LUTO

DO BRASIL INTEIRO LUTO POR ZILDA ARNS E PELAS VÍTIMAS DO TERREMOTO

Brasília,

- De todos os cantos do Brasil continuam a chegar à assessoria de imprensa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) notas de solidariedade e esperança pela tragédia que acometeu o Haiti, nesta terça-feira, 12, e pela morte da médica pediatra e sanitarista, Drª Zilda Arns Neumann.
O presidente da República, Regionais da CNBB e organismos vinculados, bispos, pastorais, entidades sociais, demonstram a irreparável perda pela morte da fundadora da Pastoral da Criança, reafirmando contemporaneamente o sentimento de gratidão por todo o bem que ela fez pela pessoa humana.
O arcebispo de Salvador, Dom Geraldo Majella Agnelo, co-fundador com Zilda Arns da Pastoral da Criança na década de 80, declarou em nota que a médica foi uma “mulher que honrou o Brasil com seu trabalho de total doação à vida, através das crianças e suas famílias, deixando uma lacuna em nossos corações”.
O presidente do Regional Sul 1 da CNBB, dom Nelson Westrupp se referiu a Drª Zilda como uma figura emblemática para a memória nacional que, segundo ele, “jamais se apagará”. Ele relatou ainda algumas características da pediatra.
“Seu jeito terno e amoroso, suas atitudes maternas, sua capacidade de organização e de liderança, são marcas que ficarão para sempre nos corações das pessoas que aprenderam a conhecer Drª Zilda no dia-a-dia da sua ação social e caritativa”.
“Sua morte equivale à morte dos que se entregam em doação ao Reino”. Foi o que disse em nota a Comissão Pastoral da Terra do Paraná (CPT-PR).
O texto frisa ainda a falta que irá fazer o trabalho da fundadora da Pastoral da Criança: “sua ausência será sentida por todos aqueles e aquelas que acreditam que é possível um mundo de justiça e fraternidade a partir do clamor do Evangelho.
Que seus exemplos de mulher corajosa e forte e seu testemunho fortaleçam a luta pela terra e pelos povos da terra”.
A morte da Drª Zilda também foi lamentada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Em nota, ele relatou sua consternação pela morte da médica e por todo o povo haitiano.
“Transmito meu pesar e minha total solidariedade ao povo haitiano e à família das vítimas brasileiras, civis e militares, em especial à de Zilda Arns, coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa e conselheira do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Que Deus dê conforto a todos nesse momento doloroso". (RD)

Fonte:RV

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

INTEGRA DA PALESTRA QUE ZILDA ARNS PREPAROU PARA APRESENTAR NO HAITI

PALESTRA QUE ZILDA ARNS PREPAROU PARA APRESENTAR NO HAITI

Cidade do Vaticano,

- "Agradeço o honroso convite que me foi feito.
Quero manifestar minha grande alegria por estar aqui com todos vocês em Porto Príncipe, Haiti, para participar da assembleia de religiosos.
Como irmã de dois franciscanos e de três irmãs da Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, estou muito feliz entre todos vocês. Dou graças a Deus por este momento.
Na realidade, todos nós estamos aqui, neste encontro, porque sentimos dentro de nós um forte chamado para difundir ao mundo a boa notícia de Jesus.
A boa notícia, transformada em ações concretas, é luz e esperança na conquista da Paz nas famílias e nas nações.
A construção da paz começa no coração das pessoas e tem seu fundamento no amor, que tem suas raízes na gestação e na primeira infância, e se transforma em fraternidade e responsabilidade social.
A paz é uma conquista coletiva. Tem lugar quando encorajamos as pessoas, quando promovemos os valores culturais e éticos, as atitudes e práticas da busca do bem comum, que aprendemos com nosso mestre Jesus: "Eu vim para que todos tenham vida e a tenha em abundância" (Jo 10.10).
Espera-se que os agentes sociais continuem, além das referências éticas e morais de nossa Igreja, ser como ela, mestres em orientar as famílias e comunidades, especialmente na área da saúde, educação e direitos humanos.
Deste modo, podemos formar a massa crítica das comunidades cristãs e de outras religiões, em favor da proteção da criança desde a concepção, e mais excepcionalmente até os seis anos, e do adolescente.
Devemos nos esforçar para que nossos legisladores elaborem leis e os governos executem políticas públicas que incentivem a qualidade da educação integral das crianças e saúde, como prioridade absoluta.
O povo seguiu Jesus porque ele tinha palavras de esperança. Assim, nós somos chamados para anunciar as experiências positivas e os caminhos que levam as comunidades, famílias e pais a serem mais justos e fraternos.
Como discípulos e missionários, convidados a evangelizar, sabemos que força propulsora da transformação social está na prática do maior de todos os mandamentos da Lei de Deus: o amor, expressado na solidariedade fraterna, capaz de mover montanhas: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos" significa trabalhar pela inclusão social, fruto da Justiça; significa não ter preconceitos, aplicar nossos melhores talentos em favor da vida plena, prioritariamente daqueles que mais necessitam.
Somar esforços para alcançar os objetivos, servir com humildade e misericórdia, sem perder a própria identidade.
Todo esse caminho necessita de comunicação constante para iluminar, animar, fortalecer e democratizar nossa missão de fé e vida.
Cremos que esta transformação social exige um investimento máximo de esforços para o desenvolvimento integral das crianças.
Este desenvolvimento começa quanto a criança se encontra ainda no ventre sagrado da sua mãe. As crianças, quando estão bem cuidadas, são sementes de paz e esperança.
Não existe ser humano mais perfeito, mais justo, mais solidário e sem preconceitos que as crianças. Não é por nada que disse Jesus: "... se vocês não ficarem iguais a estas crianças, não entrará no Reino dos Céus" (MT 18,3). E "deixem que as crianças venham a mim, pois deles é o Reino dos Céus" (Lc 18, 16). Hoje vou compartilhar com vocês uma verdadeira história de amor e inspiração divina, um sonho que se fez realidade.
Como ocorreu com os discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35), "Jesus caminhava todo o tempo com eles. Ele foi reconhecido a partir do pão, símbolo da vida."
Em outra passagem, quando o barco no Mar da Galileia estava prestes a afundar sob violentas ondas, ali estava Jesus com eles, para acalmar a tormenta. (Mc 4, 35-41).
Com alegria vou contar o que "eu vi e o que tenho testemunhado" a mais de 26 anos desde a fundação da Pastoral da Criança, em setembro de 1983. Aquilo que era uma semente, que começou na cidade de Florestópolis, Estado do Paraná, no Brasil, se converteu no Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, presente em 42 mil comunidades pobres e nas 7.000 paróquias de todas as Dioceses da Brasil.
Por força da solidariedade fraterna, uma rede de 260 mil voluntários, dos quais 141 mil são líderes que vivem em comunidades pobres, 92% são mulheres, e participam permanentemente da construção de um mundo melhor, mais justo e mais fraterno, em serviço da vida e da esperança.
Cada voluntário dedica em média 24 horas ao mês a esta missão transformadora de educar as mães e famílias pobres, compartilhar o pão da fraternidade e gerar conhecimentos para a transformação social.
O objetivo da Pastoral da Criança é reduzir as causas da desnutrição e a mortalidade infantil, promover o desenvolvimento integral das crianças, desde sua concepção até o seis anos de idade.
A primeira infância é uma etapa decisiva para a saúde, a educação, a consolidação dos valores culturais, o cultivo da fé e da cidadania com profundas repercussões por toda a vida.
Um pouco de história:
Sou a 12ª de 13 irmãos, cinco deles são religiosos.
Três irmãs religiosas e dois sacerdotes franciscanos. Um deles é D. Paulo Evaristo, o Cardeal Arns, Arcebispo emérito de São Paulo, conhecido por sua luta em favor dos direitos humanos, principalmente durante os vinte anos da ditadura militar do Brasil. Em maio de 1982, ao voltar de uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, D. Paulo me chamou pelo telefone a noite.
Naquela reunião, James Grant, então diretor executivo da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), falou com insistência sobre o soro oral.
Considerado como o maior avanço da medicina no século passado, esse soro era capaz de salvar da morte milhões de crianças que poderiam morrer por desidratação devido a diarreia, uma das principais causas da mortalidade infantil no Brasil e no mundo.
James Grant conseguiu convencer a D. Paulo para que motivasse a Igreja Católica a ensinar as mães a preparar e administrar o soro oral.
Isto podia salvar milhares de vidas. Viúva fazia cinco anos, eu estava, naquela noite histórica, reunida com os cinco filhos, entre os nove e dezenove anos, quando recebi a chamada telefônica do meu irmão D. Paulo.
Ele me contou o que havia passado e me pediu para refletir sobre ele. Como tornar realidade a proposta da Igreja de ajudar a reduzir a morte das crianças? Eu me senti feliz diante deste novo desafio. Era o que mais desejava: educar as mães e famílias para que soubessem cuidar melhor de seus filhos!
Creio que Deus, de certo modo, havia me preparado para esta missão. Baseada na minha experiência como médica pediatra e especialista em saúde pública e nos muitos anos de direção dos serviços públicos de saúde materna-infantil, compreendi que, além de melhorar a qualidade dos serviços públicos e facilitar às mães e crianças o acesso a eles, o que mais falta fazia às mães pobres era o conhecimento e a solidariedade fraterna, para que pudessem colocar em prática algumas medidas básicas simples e capazes de salvar seus filhos da desnutrição e da morte, como por exemplo a educação alimentar e nutricional para as grávidas e seus filhos, a amamentação materna, as vacinas, o soro caseiro, o controle nutricional, além dos conhecimentos sobre sinais e sintomas de algumas doenças respiratórias e como as prevenir.
Me vem à mente então a metodologia que utilizou Jesus para saciar a fome de 5.000 homens, sem contar as mulheres e as crianças. Era noite e tinham fome.
Os discípulos disseram a Jesus que o melhor era que deixassem suas casa, mas Jesus ordenou: "Dai-lhes vós de comer".
O apóstolo Felipe disse a Jesus que não tinham dinheiro para comprar comida para tanta gente. André, irmão de Simão, sinalou a uma criança que tinha dois peixes e cinco pães. E Jesus mandou que se sentassem em grupos de cinquenta a cem pessoas (em pequenas comunidades).
Então pensei: Por que morrem milhões de crianças por motivos que podem facilmente ser prevenidos? O que faz com que eles se tornem criminosos e violentos na adolescência? Recordei o inicio da minha carreira, quando me desafiei a querer diminuir a mortalidade infantil e a desnutrição.
Vieram a minha mente milhares de mães que trocaram o leite materno pela mamadeira diluída em água suja. Outras mães que não vacinam seus filhos, quando não havia ainda cesta básica no Centro de Saúde. Outras mães que limpavam o nariz de todos os seus filhos com o mesmo pano, ou pegavam seus filhos e os humilhavam quando faziam xixi na cama. E ainda mais triste, quando o pai chegava em casa bêbado.
Ao ouvir o grito de fome e carinho de seus filhos, os venciam mesmo quando eram muito pequenos. Sabe-se, segundo resultados de pesquisas da OMS (Organização Mundial da Saúde), cuja publicação acompanhei em 1994, que as crianças maltratadas antes de um ano de idade têm uma tendência significativa para violência, e com frequência fazem crimes antes dos 25 anos.
A Igreja, que somos todos nós, que devíamos fazer?
Tive a seguridade de seguir a metodologia de Jesus: organizara as pessoas em pequenas comunidades; identificar líderes, famílias com grávidas e crianças menores de seis anos. Os líderes que se dispusessem a trabalhar voluntariamente nessa missão de salvar vidas, seriam capacitados, no espírito da fé e vida, e preparados técnica e cientificamente, em ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania. Seriam acompanhados em seu trabalho para que não se desanimassem.
Teriam a missão de compartilhar com as famílias a solidariedade fraterna, o amor, os conhecimentos sobre os cuidados com as grávidas e as crianças, para que estes sejam saudáveis e felizes. Assim como Jesus ordenou que considerassem se todos estavam saciados, tínhamos que implantar um sistema de informações, com alguns indicadores de fácil compressão, inclusive para líderes analfabetos ou de baixa escolaridade.
E vi diante de mim muitos gestos de sabedoria e amor apreendidos com o povo. Senti que ali estava a metodologia comunitária, pois podia se desenvolver em grande escala pelas dioceses, paróquias e comunidades.
Não somente para salvar vidas de crianças, mas também para construir um mundo mais justo e fraterno. Seria a missão do "Bom Pastor", que estão atentos a todas as ovelhas, mas dando prioridade àquelas que mais necessitam.
Os pobres e os excluídos. Naquela maravilhosa noite, desenhei no papel uma comunidade pobre, onde identifique famílias com grávidas e filhos menores de seis anos e lideres comunitários, tanto católicos como de outras confissões e culturas, para levar adiante ações de maneira ecumênica, pois Jesus veio par que "todos tenham Vida e Vida em abundância" (João 10,10).
Isto é o que precisa ser feito aqui no Haiti: fazer um mapa das comunidades pobres, identificar as crianças menores de 6 anos e suas famílias e lideres comunitários que desejam trabalhar voluntariamente.
Desde a primeira experiência, a Pastoral da Criança cultivou a metodologia de Jesus, que é aplicada em grande escala. No Brasil, em mais de 40 mil comunidades, de 7.000 paróquias de todas as 272 diocese e preladias. Está se estendendo a 20 países.
Estes são, na América Latina e no Caribe: Argentina, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Peru, Venezuela, Guatemala, Panamá, República Dominicana, Haiti, Honduras, Costa Rica e México; na África: Angola, Guiné-Bissau, Guiné Conakry e Moçambique e na Ásia: Filipinas e Timor Leste.
Para organizar melhor e compartilhar as informações e a solidariedade fraterna entre as mães e famílias vizinhas, as ações se baseiam em três estratégias de educação e comunicação: individual, de grupo e de massas.
A Pastoral da Criança utiliza simultaneamente as três formas de comunicação para reforçar a mensagem, motivar e promover mudanças de conduta, fortalecendo as famílias com informações sobre como cuidar dos filhos, promovendo a solidariedade fraterna.
A educação e comunicação individual se fazem através da 'Visita Domiciliar Mensal nas famílias' com grávidas e filhos.
Os líderes acompanham as famílias vizinhas nas comunidades mais pobres, nas áreas urbanas e rurais, nas aldeias indígenas e nos quilombos, e nas áreas ribeirinhas do Amazonas.
Atravessam rios e mares, sobem e descem montes de encostas íngremes, caminham léguas, para ouvir os clamores das mães e famílias, para educar e fortalecer a paz, a fé e os conhecimentos. Trocam ideias sobre saúde e educação das crianças e das grávidas; ensinam e aprendem.
Com muita confiança e ternura, fortalecem o tecido social das comunidade, o que leva a inclusão social.
Motivados pela Campanha Mundial patrocinadas pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1999, com o tema "Uma vida sem violência é um direito nosso", a Pastoral da Criança incorporou uma ação permanente de prevenção da violência com o lema "A Paz começa em casa".
Utilizou como uma das estratégias de comunicação a distribuição de seis milhões de folhetos com "10 Mandamentos para alcançar a paz na família", debatíamos nas comunidades e nas escolas, do norte ao sul do país.
As visitas, entre tantas outras ações, servem para promover a amamentação materna, uma escola de dialogo e compartilhar, principalmente quando se dá como alimento exclusivo até os seis meses e se continua dando como alimento preferencial além do um ano, inclusive além dos dois anos, complementarmente com outros alimentos saudáveis.
A sucção adapta os músculos e ossos para uma boa dicção, uma melhor respiração e uma arcada dentária mais saudável. O carinho da mãe acariciando a cabeça do bebe melhora a conexão dos neurônios. A psicomotricidade da criança que mama no peito é mais avançada. Tanto é assim que se senta, anda e fala mais rápido, aprende melhor na escola.
É fator essencial para o desenvolvimento afetivo e proteção da saúde dos bebês, para toda a vida. A solidariedade desponta, promovida pelas horas de contato direto com a mãe. Durante a visita domiciliar, a educação das mulheres e de seus familiares eleva a autoestima, estimula os cuidados pessoais e os cuidados com as crianças.
Com esta educação das famílias se promove a inclusão social. A educação e a comunicação grupal têm lugar cada em cada mês em milhares de comunidades. Esse é o Dia da Celebração da Vida. Momento dedicado ao fortalecimento da fé e da amizade entre famílias.
Além do controle nutricional, estão os brinquedos e as brincadeiras com as crianças e a orientação sobre a cidadania. Neste dia as mães compartilham práticas de aproveitamento adequado de alimentos da região de baixo custo e alto valor nutritivo.
As frutas, folhas verdes, sementes e talos, que muitas vezes não são valorizados pelas famílias. Outra oportunidade de formação de grupo é a Reunião Mensal de Reflexão e Evolução dos líderes da comunidade.
O objetivo principal desta reunião é discutir e estabelecer soluções para os problemas encontrados. Essas ações integram o sistema de informação da Pastoral da Criança para poder acompanhar os esforços realizados e seus resultados através de Indicadores.
A desnutrição foi controlada. De mais de 50% de desnutridos no começo, hoje está em 3,1%. A mortalidade infantil foi drasticamente reduzida e hoje está em 13 mortos por mil nascidos vivos nas comunidades com Pastoral da Criança.
O índice nacional é 2,33, mas se sabe que as mortes em comunidades pobres, onde estão a Pastoral da Criança, é maior que é na média geral. Em 1982, a mortalidade infantil no Brasil foi 82,8 mil nascidos vivos. Estes resultados têm servido de base para conquistar entidades, como o Ministério da Saúde, Unicef, Banco HSBC, e outras empresas.
Elas nos apoiam nas capacitações e em todas as atividades básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania. O custo criança/mês é de menos de US$ 1.
Em relação à educação e à comunicação de massas apresentará três experiências concretas de como a comunicação é um instrumento de defesa dos direitos da infância.
Materiais impressos
O material impresso foi concebido especificamente para ajudar a formação do líder da Pastoral da Criança. Os instrutores e os multiplicadores servem como ferramenta de trabalho na tarefa de guiar as famílias e comunidades sobre questões de saúde, nutrição, educação e cidadania.
Além do Guia da Pastoral da Criança, se colocou em marcha publicações como o Manual do Facilitador, Brinquedos e Jogos, Comida e as Hortas Familiares, alfabetização de jovens e adultos e mobilização social. O jornal da Pastoral da Criança, com tiragem mensal de cerca de 280 mil, ou seja 3 milhões e 300 mil exemplares por ano, chega a todos os líderes da Pastoral da Criança. É uma ferramenta para a formação continua.
O Boletim Dicas abarca questões relacionadas com a saúde e a educação para cidadania. Este especialmente concebido para os coordenadores e capacitadores da Pastoral da Criança. Cada publicação chega a 7.000 coordenadores.
Para ajudar na vigilância das mulheres grávidas, a Pastoral da Criança criou os laços de amor, cartões com conselhos sobre a gravidez e um partos saudável. Outros materiais impressos de grande impacto social é o folheto com os 10 mandamentos para a Paz na Família, 12 milhões de folhetos foram distribuídos nos últimos anos.
Além desses materiais impressos, se envia para as comunidades da Pastoral da Criança material para o trabalho de pesagem das crianças, objetos como balanças e também colheres de medir para a reidratarão oral e sacos de brinquedos para as crianças brincarem no dia da celebração da vida. Material de som e vídeo Outra área em que a Pastoral da Criança produz materiais é de som e a produção de filmes educativos.
O Show ao vivo da Rádio da Vida, produzido e gravado no estúdio da Pastoral da Criança, chega a milhões de ouvintes em todo Brasil. Com os temas de saúde, de educação na primeira infância e a transformação social, o programa de rádio Viva a Vida se transmite semanalmente 3.740 vezes.
Estamos "no ar", de 2.310 horas semanais em todo Brasil. Além disso, o Programa Viva a Vida também se executa em vários tipos de sistemas de som de CD e aparados nas reuniões de grupo.
A Pastoral da Criança também produz filmes educativos para melhorar e dar conhecimento de seu trabalho nas bases. Atualmente há 12 títulos produzidos que sem ocupam na prevenção da violência contra as crianças, comida saudável, na gravidez, e na participação dos Conselhos Municipais de Saúde, na preservação da AIDS e outros.
Campanhas
A Pastoral da Infância realiza e colabora em várias campanhas para melhorar a qualidade de vida das mulheres grávidas, famílias e crianças.
Estes são alguns exemplos: a. Campanhas de sais de reidratação oral b. Campanha de Certidão de Nascimento: a falta de informação, a distância dos cartórios e a burocracia fazem com que as pessoas fiquem sem certidões de nascimentos. c.
A mobilização nacional para o registro civil de nascimento, que une o Estado brasileiro e a sociedade, [busca] garantir a cada cidadão de pleno direito o nome e os direitos. d. Campanha para promover o aleitamento materno: o leite materno é um alimento perfeito que Deus colocou à disposição nos primeiros anos de vida.
Permanentemente, a Pastoral da Criança promove o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e, em seguida, continuar, com outros alimentos. Isso protege contra doenças, desenvolve melhor e fortalece a criança. e. Campanha de prevenção da tuberculose, pneumonia e hanseníase: as três doenças continuam a afetar muitas crianças e adultos em nosso país.
A Pastoral da Criança prepara materiais específicos de comunicação para educar o público sobre sintomas, tratamento e meios de prevenção destas doenças. f. Campanha de Saneamento: o acesso à água potável e o tratamento de águas residuais contribuem para a redução da mortalidade infantil.
A Pastoral da Criança, em colaboração com outros organismos, mobiliza a comunidade para a demanda por tais serviços a governos locais e usa os meios ao seu dispor para divulgar informações relacionadas ao saneamento. g. Campanha de HIV/Aids e Sífilis: o teste do HIV/Aids e sífilis durante o pré-natal permite a redução de 25% para 1% do risco de transmissão para o bebê.
A Pastoral da Criança apoia a campanha nacional para o diagnóstico precoce destas doenças. h. Campanha para a Prevenção da morte súbita de bebês "Dormir de barriga para cima é mais seguro": Com a finalidade de alertar sobre os riscos e evitar até 70% das mortes súbitas na infância, a Pastoral da Criança lançou esta grande campanha dirigida às famílias para que coloquem seus bebês para dormir de barriga para cima. i.
Campanha de Prevenção do Abuso Infantil: Com esta campanha, a Pastoral da Criança esclarece as famílias e a sociedade sobre a importância da prevenção da violência, espancamentos e abuso sexual. Esta campanha inclui a distribuição de folheto com os dez mandamentos para a paz na família, como um incentivo para manter as crianças em uma atmosfera de paz e harmonia. j. Campanha - 20 de novembro, dia de oração e de ação para as crianças: A Pastoral da Criança participa dos esforços globais para a assistência integral e proteção a crianças e adolescentes, em colaboração com a Rede Mundial de Religiões para a Infância (GNRC).
Em dezembro de 2009, completei 50 anos como médica e, antes de 2002, confesso que nunca tinha ouvido falar em qualquer programa da Unicef ou da Organização Mundial de Saúde (OMS), ou de outra agência da Organização das Nações Unidas (ONU), que estimulasse a espiritualidade como um componente do desenvolvimento pessoal.
Como um dos membros da delegação do Brasil na Assembleia das Nações Unidas em 2002, que reuniu 186 países, em favor da infância, tive a satisfação de ouvir a definição final sobre o desenvolvimento da criança, que inclui o seu "desenvolvimento físico, social, mental, espiritual e cognitivo". Este foi um avanço, e vem ao encontro do processo de formação e comunicação que fazemos na Pastoral da Criança.
Neste processo, vê-se a pessoa de maneira completa e integrada em sua relação pessoal com o próximo, com o ambiente e com Deus. Estou convencida de que a solução da maioria dos problemas sociais está relacionada com a redução urgente das desigualdades sociais, com a eliminação da corrupção, a promoção da justiça social, o acesso à saúde e à educação de qualidade, ajuda mútua financeira e técnica entre as nações, para a preservação e restauração do meio ambiente. Como destaca o recente documento do papa Bento 16, "Caritas in veritate" (Caridade na verdade), "a natureza é um dom de Deus, e precisa ser usada com responsabilidade."
O mundo está despertando para os sinais do aquecimento global, que se manifesta nos desastres naturais, mais intensos e frequentes. A grande crise econômica demonstrou a inter-relação entre os países.
Para não sucumbir, exige-se uma solidariedade entre as nações. É a solidariedade e a fraternidade aquilo de que o mundo precisa mais para sobreviver e encontrar o caminho da paz.
Final
Desde a sua fundação, a Pastoral da Criança investe na formação dos voluntários e no acompanhamento de crianças e mulheres grávidas, na família e na comunidade.
Atualmente, existem 1.985.347 crianças, 108.342 mulheres grávidas de 1.553.717 famílias. Sua metodologia comunitária e seus resultados, assim como sua participação na promoção de políticas públicas com a presença em Conselhos de Saúde, Direitos da Criança e do Adolescente e em outros conselhos levaram a mudanças profundas no país, melhorando os indicadores sociais e econômicos.
Os resultados do trabalho voluntário, com a mística do amor a Deus e ao próximo, em linha com nossa mãe terra, que a todos deve alimentar, nossos irmãos, os frutos e as flores, nossos rios, lagos, mares, florestas e animais.
Tudo isso nos mostra como a sociedade organizada pode ser protagonista de sua transformação. Neste espírito, ao fortalecer os laços que ligam a comunidade, podemos encontrar as soluções para os graves problemas sociais que afetam as famílias pobres. Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe de predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-los.
Muito Obrigada!
Que Deus esteja convosco!
"Dra. Zilda Arns Neumann
- Médica pediatra e especialista em Saúde Pública
Fundadora e Coordenadora da Pastoral da Criança Internacional
Coordenadora Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

IRREPARAVEL PERDA DE ZILDA ARNS

ZILDA ARNS, GRANDE MÃE BRASILEIRA

Cidade do Vaticano, 14 jan (RV)

- O Livro dos Provérbios em seu capítulo 31 nos traz o elogio da Mulher Talentosa, da mulher que coloca suas aspirações à serviço do bem a todos de sua casa, sejam familiares ou empregados.
O povo brasileiro chora ZILDA ARNS, a mulher talentosa que se destacou nas últimas décadas servindo seus irmãos, certamente os mais desprovidos.
Dra. Zilda, uma das Mães do Brasil, morreu, como não poderia deixar de ser, em ação.
Para a mulher que vive em plenitude sua vocação, jamais existe tempo de descanso, tempo para si, mas tudo o que possui é colocado em favor de seus amados.
Zilda Arns amou até o fim as pequenas vidas e as mulheres pobres que as geraram. Sua formação cristã e sua medicina foram colocadas à serviço da infância carente e da mãe pobre. Sua política era salvar vidas, jamais negar o juramento de Hipócrates e absolutamente trair a profissão de fé em Jesus Cristo, a Vida.
O Menino Jesus a encontrou em Porto Principe onde havia chegado para fazer palestras em favor da vida. Interessante Dra. Zilda morrer logo após as festas de Natal, do nascimento do Deus pequenino, de uma mãe pobre, carente. Isso dá a essa nossa irmã uma grandiosidade de quem morre em serviço.
Sim, Zilda Arns morreu em serviço, a favor da Vida, na plenitude de seus 75 anos, sempre simpática, alegre, bonita!
De modo algum a Dra Zilda transmitiu, ao se entregar ao serviço dos pobres, imagem de pessoa amarga, triste, revoltada, apesar de ver absurdos e de ser solidária a tanta miséria.
Sua beleza e alegria eram contagiantes e suscitava um exército de seguidoras e seguidores. Atualmente, após entregar a coordenação nacional da Pastoral da Criança à Irmã Vera Lúcia Altoé, Dra. Zilda Arns assumiu a Pastoral do Idoso, sempre voltada para aqueles que não têm voz, que são limitados pela idade.
Mas o trabalho com a infância e com a mãe carente não foi deixado, já que estava à frente da Pastoral Internacional da Criança.O Livros do Provérbios diz: “Quem encontrará a mulher talentosa? Vale muito mais que pérolas.” “Vigia o andamento de sua casa e não come o pão da ociosidade.”Muitas mulheres ajuntaram riquezas, tu, porém, ultrapassas a todas.”
“Enganosa é a graça, fugaz a formosura! A mulher que teme o Senhor merece louvor. Dai-lhe o fruto de suas mãos e que suas obras a louvem nas portas da cidade.” Dra. Zilda, essa mulher talentosa, virtuosa de que fala a Bíblia, é você!
Hoje o povo brasileiro, cheio de dor, sente-se orgulhoso pela senhora e agradece a Deus por sua vida.
Sua missão de mulher cristã, tão bem cumprida, nos faz transformar sua imagem em ícone da brasileira que soube viver cristamente a missão de esposa e de mãe, e do mesmo modo a missão de cidadã.
Temos certeza que você, Zilda Arns, ouviu as palavras de Jesus: “Venha bendita de meu Pai, receba por herança o reino preparado para você desde a fundação do mundo.
Cada vez que você fez o bem a cada um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim você o fez”.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

VOCAÇÕES NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

VOCAÇÕES EM PAUTA NOS EUA

Washington,

- A Igreja Católica nos EUA observa a partir de hoje a anual Semana nacional de sensibilização para as Vocações. De acordo com o Cardeal Sean O’Malley, presidente do Comitê episcopal pelo Clero, “a Semana é uma oportunidade para as paróquias promoverem as vocações, rezando pelo aumento do número de seminaristas e candidatos à vida religiosa e promovendo a ação formativa. “A Igreja tem a responsabilidade de encorajar os jovens a responder generosamente ao possível chamado a servir Deus na Igreja. Todos são solicitados a sustentar e salvaguardar o dom da vocação: pais, famílias e comunidades paroquiais” – nota o arcebispo de Boston.Neste especial Ano Sacerdotal, a Igreja nos EUA está promovendo diversas iniciativas para apresentar a vida presbiterial e religiosa: uma mostra sobre a contribuição das religiosas na sociedade local será inaugurada no próximo dia 14, em Washington. A exposição deve ilustrar a obra realizada pelas religiosas católicas – em 300 anos de presença no país – nos campos do ensino, da universidade, da saúde, e em instituições como orfanatos, asilos para idosos, alojamentos para os sem-teto. Por sua vez, os bispos do país inseriram a promoção vocacional entre suas atuais prioridades pastorais e estão estudando a possibilidade de dedicar espaços a este fim nos sites de algumas dioceses. A Semana para as Vocações teve início nos EUA em 1976, quando a celebrava no 28º domingo do tempo ordinário. Em 1997, foi transferida para o mês de janeiro, em coincidência com o Batismo do Senhor, que marca o início do ministério público de Jesus, “Filho predileto” do Pai: uma data litúrgica que inicia os fiéis à seqüela do Mestre e à tarefa a eles confiada de proclamar a Boa Nova com o testemunho da vida. (CM)

Fonte: RV

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

SANTA SÉ: RELAÇÕES E ACORDOS EM 2009

SANTA SÉ: RELAÇÕES E ACORDOS EM 2009
Cidade do Vaticano,

- Atualmente, a Santa Sé mantém relações diplomáticas com 178 nações. Em 1978 eram 84, e em 2005, no início do pontificado de Bento XVI, 174. Os últimos estados a estabelecer relações com o Vaticano foram Montenegro, Emirados Árabes Unidos, Botsuana e a Federação Russa. Em 9 de dezembro de 2009, foram estabelecidas relações diplomáticas com a Federação Russa, com uma Nunciatura Apostólica por parte da Santa Sé em Moscou e uma embaixada da Federação em Roma. Além destes países, a Santa Sé mantém também relações diplomáticas com a União Europeia e com a Soberana Ordem Militar de Malta; e é representada na ONU (Nações Unidas), na FAO (Organização para a Agricultura e a Alimentação), na UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), na OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa), na OMC (Organização Mundial do Comércio), na Liga Árabe, na OEA (Organização dos Estados Americanos) e na UA (União Africana) por ‘Observadores Permanentes’. Há ainda uma missão com caráter ‘especial’: o Escritório da Organização pela Libertação da Palestina (OLP). Taiwan é um dos países com os quais a Santa Sé tem relações diplomáticas, não obstante desde 1979 não mantenha na ilha um Núncio residente. Alguns países com os quais a Santa Sé atualmente não mantém relações diplomáticas são: China Popular, Afeganistão, Arábia Saudita, Butão, Coréia do Norte, Maldivas, Omã, Tuvalu, Vietnã, República de Comores, Mauritânia, Somália, Brunei, Laos, Malásia e Mianmar.Hoje, cerca de 80 países mantêm sedes diplomáticas junto à Santa Sé com embaixadores em Roma; os outros são representados por diplomatas residentes na Europa. Em todo o mundo, a Santa Sé se faz representar por 101 Núncios Apostólicos. Acordos assinados em 2009:Em 12 de janeiro de 2009, a Santa Sé assinou um Acordo com o Land Schleswig-Holstein (Alemanha) para regulamentar a situação jurídica da Igreja Católica naquela região; a troca dos instrumentos de ratificação deste Acordo ocorreu em 27 de maio.Em 5 de março, foi assinado o VI Acordo Adicional da Convenção entre a Santa Sé e a Áustria, sobre as relações patrimoniais. A ratificação se deu em 14 de outubro. Em 10 de dezembro, foi ratificado o Acordo com o Brasil, que havia sido assinado em 13 de novembro de 2008. Enfim, em 17 de dezembro de 2009, foi formalizada a Convenção monetária entre o Estado da Cidade do Vaticano e a União Européia, que entrou imediatamente em vigor. (CM)

Fonte: RV

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

PRESERVAR A NATUREZA É UMA EXIGÊNCIA MORAL

BENTO XVI: PRESERVAR A NATUREZA É UMA EXIGÊNCIA MORAL

Cidade do Vaticano, 11 jan (RV)
– A preservação da natureza esteve no centro do discurso de Bento XVI ao corpo diplomático acreditado junto à Santa Sé, recebido esta manhã na Sala Regia, no Vaticano, para as felicitações no início do novo ano.Recebendo os embaixadores de 178 países, em seu discurso, o papa saudou todas as outras nações da Terra: "O Sucessor de Pedro mantém aberta a sua porta para todos, e com todos deseja tecer relações que contribuam para o progresso da família humana". A seguir, Bento XVI falou dos perigos ecológicos que ameaçam o planeta: "A negação de Deus desfigura a liberdade da pessoa humana, mas devasta também a criação. Daqui resulta que a preservação da natureza não visa tanto responder a uma exigência estética, mas, sobretudo, a uma exigência moral", citando a recente Cúpula de Copenhague, e os eventos sobre o clima que aguardam os líderes mundiais em 2010, fazendo votos de que chegue a um acordo satisfatório.Ao falar sobre segurança alimentar, o papa recordou de sua viagem a Camarões e Angola em março do ano passado e realização do Sínodo para a África. Os Padres Sinodais assinalaram, com preocupação, a erosão e a desertificação de amplas extensões de terra cultivável, por causa da exploração selvagem e da poluição do ambiente. Na África, como em outros lugares, é necessário adotar opções políticas e econômicas capazes de assegurar formas de produção agrícola e industrial que respeitem a ordem da criação e satisfaçam as necessidades primárias de todos.Por outro lado, a luta pelo acesso aos recursos naturais é uma das causas de vários conflitos. "Esta é mais uma razão que me leva a repetir com vigor que, para cultivar a paz, é preciso proteger a criação" – disse o papa. "Em diversas partes, há ainda vastas extensões, por exemplo, no Afeganistão ou em alguns países da América Latina, onde infelizmente a agricultura ainda está ligada à produção de droga, constituindo uma fonte não indiferente de emprego e subsistência." "A proteção da criação é um fator importante de paz e de justiça" – recordou. O papa condenou as guerras em Darfur, na República Democrática do Congo e na Somália. Mencionou as perseguições religiosas contra os cristãos do Médio Oriente, citando a convocação do Sínodo dos Bispos para o outubro próximo, no Vaticano. Falando da Europa, analisou a mídia e o tratamento dispensado à religião, particularmente à religião cristã. Discorreu sobre a laicidade positiva, aberta, que, fundada sobre uma justa autonomia da ordem temporal e da ordem espiritual, favorece uma sã cooperação e um espírito de responsabilidade compartilhada.No contexto da preservação da natureza e da salvaguarda da Criação, o papa relevou um aspecto importante, característico do 'ser cristão': a solidariedade, expressa por muitos nos momentos de necessidade. Bento XVI citou as catástrofes naturais que semearam mortes, sofrimentos e destruições, neste ano que passou, nas Filipinas, no Vietnã, Laos, Camboja, na ilha de Taipei e na Indonésia, e ainda na região italiana dos Abruzos, ferida pelo terremoto em abril passado. "Mas, além da solidariedade, a preservação da criação tem necessidade também da concórdia e da estabilidade dos Estados" – sugeriu o pontífice. Para defender a paz em meio a divergências e hostilidades, os líderes devem seguir com tenacidade o caminho de um diálogo construtivo. Como exemplo, Bento XVI citou a América Latina, recordando o ocorrido há 25 anos com o Tratado de Paz e Amizade entre a Argentina e o Chile, concluído graças à mediação da Sé Apostólica, e a atual aproximação entre Colômbia e Equador, depois de vários meses de tensão. A respeito de pacificação, foram recordados o entendimento concluído entre a Croácia e a Eslovênia e o acordo entre a Armênia e a Turquia, além de auspiciada a melhora das relações entre todos os países do Cáucaso meridional. Uma vez mais, o papa elevou a voz pedindo que seja universalmente reconhecido o direito do Estado de Israel a existir e gozar de paz e segurança nas fronteiras internacionalmente reconhecidas; e igualmente, que seja reconhecido o direito do povo palestino a uma pátria soberana e independente, a viver com dignidade e a movimentar-se livremente. O pontífice pediu o apoio de todos para que se protejam a identidade e o caráter sagrado de Jerusalém: “Só assim, esta cidade única, santa e atribulada poderá ser sinal e antecipação da paz que Deus deseja para toda a família humana”. Sobre o Iraque, Bento XVI exortou seus governantes e cidadãos a superarem as divisões, a tentação da violência e a intolerância, para construírem juntos o futuro do país. Enfim, abordando um tema da crônica de nossos dias, o papa recordou a necessidade de respeito, segurança e liberdade para as comunidades cristãs, citando o Paquistão, duramente fustigado pela violência nestes últimos meses.Ainda a respeito de violência anticristã, o papa mencionou o deplorável atentado contra a comunidade copta egípcia nestes últimos dias, precisamente quando festejava o Natal. Bento XVI fez votos de soluções compartilhadas para situações difíceis no Irã, no Líbano, na Guiné e em Madagascar, e se desculpou por não poder citar todos os países representados. Concluindo, recordou que há tanto sofrimento na humanidade e o egoísmo humano danifica a criação de muitas maneiras. É por isso que a expectativa da salvação, que diz respeito a toda a Criação, aparece ainda mais intensa e está presente no coração de todos, crentes e ateus. Suas últimas palavras foram de esperança:"Que a luz e a força de Jesus nos ajudem a respeitar a ecologia humana, cientes de que esta beneficiará a ecologia ambiental, porque o livro da natureza é único e indivisível. Poderemos assim consolidar a paz para as gerações atuais e futuras." (BF/CM)

Fonte: RV

domingo, 10 de janeiro de 2010

BATISMO DO SENHOR

Festa do Baptismo do Senhor

A liturgia deste dia tem como cenário de fundo o projecto salvador de Deus. No baptismo de Jesus nas margens do Jordão, revela-se o Filho amado de Deus, que veio ao mundo enviado pelo Pai, com a missão de salvar e libertar os homens. Cumprindo o projecto do Pai, Jesus fez-se um de nós, partilhou a nossa fragilidade e humanidade, libertou-nos do egoísmo e do pecado, empenhou-se em promover-nos para que pudéssemos chegar à vida plena.A primeira leitura anuncia um misterioso "Servo", escolhido por Deus e enviado aos homens para instaurar um mundo de justiça e de paz sem fim... Animado pelo Espírito de Deus, ele concretizará essa missão com humildade e simplicidade, sem recorrer ao poder, à imposição, à prepotência, pois esses esquemas não são os de Deus.No Evangelho, aparece-nos a concretização da promessa profética veiculada pela primeira leitura: Jesus é o Filho/"Servo" enviado pelo Pai, sobre quem repousa o Espírito, e cuja missão é realizar a libertação dos homens. Obedecendo ao Pai, ele tornou-se pessoa, identificou-se com as fragilidades dos homens, caminhou ao lado deles, a fim de os promover e de os levar à reconciliação com Deus, à vida em plenitude.A segunda leitura reafirma que Jesus é o Filho amado que o Pai enviou ao mundo para concretizar um projecto de salvação; por isso, ele "passou pelo mundo fazendo o bem" e libertando todos os que eram oprimidos. É este o testemunho que os discípulos devem dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os povos da terra.

sábado, 9 de janeiro de 2010

EDITORIAL - RADIO VATICANO

EDITORIAL


Cidade do Vaticano, 09 jan (RV)

- Amanhã terminará o tempo de Natal. Já estamos sentindo a ausência do clima de festa, de músicas ricas em melodia e que nos falam ao coração; sentimos a ausência dos artísticos presépios e das belas árvores natalinas e, sobretudo, sentimos falta do clima de cordialidade e de perdão por algum deslize. Na verdade sentimos saudade do espírito de Natal. Mas por que o clima de cordialidade e de perdão não poderá continuar? Na realidade, não só deveria se estender durante o ano, mas deveria estar mais forte se o Natal foi bem vivido. A celebração no nascimento de Jesus traz em si o aprofundamento do mistério de amor e sua consequente mudança de vida. Ora, se a vida do cristão volta ao que era antes, significa que celebrou o Natal na periferia do mistério, não o aprofundou. Nesse caso a celebração do Natal foi superficial, mesmo que tenha recebido os melhores e mais caros presentes, mesmo que sua ceia tenha sido muito farta, que tenha até ido à missa do galo. Foi feita a ocasião para que recebesse a graça, mas ele foi surdo, e seu coração esteve fechado para recebê-la.Natal é festa da humildade, da simplicidade, da luz. O cristão poderia avaliar suas celebrações natalinas de acordo com o nível de humildade, de simplicidade que sua vida adquiriu nessas comemorações. Se elas mudaram sua vida, se o tornaram mais irmão, consequentemente ele se tornou portador da luz de Deus e, de fato, os votos de Boas Festas valeram. Caso contrário, foram palavras soltas ao vento da vaidade, plantadas na solidez da areia. (CAS)
Fonte: RV

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

DIA DOS REIS MAGOS

06 DE JANEIRO - DIA DOS REIS MAGOS

Os Três Reis Magos ou simplesmente "Os Magos", a que a tradição deu os nomes de Melchior, Baltazar e Gaspar, são personagens da narrativa cristã que visitaram Jesus após o seu nascimento (Evangelho de Mateus). A Escritura diz "uns magos", que não seriam, portanto, reis nem necessariamente três mas, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia ou conselheiros. Como não diz quantos eram, diz-se três pela quantia dos presentes oferecidos.
Talvez fossem astrólogos ou astrónomos, pois, segundo consta, viram uma estrela e foram, por isso, até a região onde nascera Jesus, dito o Cristo. Assim os magos, sabendo que se tratava do nascimento de um rei, foram ao palácio do rei Herodes em Jerusalém. Perguntaram-lhe sobre a criança mas ele disse nada saber. No entanto, Herodes alarmou-se e sentiu-se ameaçado e pediu aos magos que, se encontrassem o menino, o informassem, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem a de matá-lo.
A estrela, conta o evangelho, precedia-os e parou sobre o local onde estava o menino Jesus. "E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo" (Mt 2, 10). Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus, ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles: o ouro pode representar a realeza (eles procuravam o "Rei dos Judeus"); o incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus; a mirra, resina antiséptica usada em embalsamamentos desde o Egipto antigo, remete-nos para o género da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus (João 19, 39 e 40).
"Sendo prevenidos em sonhos a não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra" (Mt 2, 12). Nada mais a Escritura diz sobre essa história cheia de poesia, não havendo também quaisquer outros documentos históricos sobre eles.
A melhor descrição dos reis magos foi feita por São Beda, o Venerável (673-735), que no seu tratado “Excerpta et Colletanea” assim relata: “Melchior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltazar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz”.
Quanto a seus nomes, Gaspar significa “Aquele que vai inspecionar”, Melchior quer dizer: “Meu Rei é Luz”, e Baltazar se traduz por “Deus manifesta o Rei”.
Como se pretendia dizer que simbolizavam os reis de todo o mundo, representariam as três raças humanas existentes, em idades diferentes. Segundo a mesma tradição, Melchior entregou-Lhe ouro em reconhecimento da realeza; Gaspar, incenso em reconhecimento da divindade; e Baltazar, mirra em reconhecimento da humanidade.
A exegese vê na chegada dos reis magos o cumprimento a profecia contida no livro dos Salmos (Sl. 71, 11): “Os reis de toda a terra hão de adorá-Lo”.
Devido ao tempo passado até que os Magos chegassem ao local onde estava o menino, por causa da distância percorrida e da visita a Herodes, a tradição atribuiu à visitação dos Magos o dia 6 de Janeiro. Algumas Conferências Episcopais decidiram, contudo, celebrar a festa da Epifania no primeiro domingo de Janeiro (quando não coincide com o dia 1)
Devemos aos Magos a troca de presentes no Natal. Dos presentes dos Magos surgiu essa tradição em celebração do nascimento de Jesus. Em diversos países a principal troca de presentes é feita não no Natal, mas no dia 6 de Janeiro, e os pais muitas vezes se disfarçam de reis magos.
Nos países em que a Epifania se celebra neste dia, as leituras da liturgia são Is 60, 1-6; Sl 71, 2.7-8.10-13; Ef 3, 2-3.5-6; Mt 2, 1-12